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Fernando Medina diz que atual mulher pediu exoneração antes de iniciarem “relação pessoal”

Presidente da Câmara de Lisboa reage a notícia do “i” com a garantia de que não tinha qualquer relação pessoal com Stéphanie Sá Silva, filha do ex-ministro Jaime Silva, quando a nomeou para o seu gabinete quando era secretário de Estado.
  • Cristina Bernardo
2 Abril 2019, 14h46

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, garantiu através das suas contas nas redes sociais que só iniciou “uma relação pessoal” com a atual mulher, Stéphanie Sá Silva, depois de esta ter pedido a exoneração do cargo de adjunta do seu gabinete enquanto secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento. Esta foi a reação do autarca da capital à notícia do jornal “i”, publicada nesta terça-feira, “Medina nomeou a sua mulher como adjunta”.

“Em 26 de novembro de 2009, há quase dez anos, nomeei para o meu gabinete Stéphanie Sá Silva, advogada especialista em matéria de concorrência numa reputada sociedade de advogados, não tendo com a mesma qualquer relação ou conhecimento pessoal prévio”, começa por escrever Fernando Medina, depois de garantir que “a ‘notícia’ é falsa” e que “os factos são públicos e estão documentados”.

Ainda segundo Medina, “em 31 de janeiro de 2011, por pretendermos ter uma relação pessoal, Stéphanie Sá Silva pediu a exoneração”. Nessa altura a atual mulher do presidente da Câmara de Lisboa, que é filha do ex-ministro da Agricultura socialista Jaime Silva, “regressou ao seu lugar de origem, na mesmíssima sociedade de advogados que integrava antes de ter sido nomeada”.

O autarca informa ainda que casou com Stéphanie Sá Silva a 17 de junho de 2012, quando esta “prosseguia atividade de advogada no mesmo escritório privado” e ele “já não desempenhava funções governativas”.

“Em nenhum momento tive qualquer interferência no desenvolvimento da sua carreira profissional que fez sempre, exclusivamente, por sua iniciativa e méritos”, diz ainda Fernando Medina, que por considerar “ofensiva do bom nome dos visados a manipulação dos factos e das datas” anunciou queixas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social, à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, e uma ação cível contra o jornal.

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