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Fim antecipado do CCA trava lucros do Novobanco

O impacto de 62,7 milhões pelo fim antecipado do mecanismo de capitalização contingente e as provisões para reestruturação vão impedir os lucros do Novobanco de crescerem em 2024.
Nova imagem de marca do Novo Banco, em Lisboa, 25 de outubro de 2021. RODRIGO ANTUNES/LUSA
17 Janeiro 2025, 09h00

O fim antecipado do mecanismo de capitalização contingente (CCA) vai travar o crescimento dos resultados do Novobanco em 2024. O impacto já contabilizado, acima dos 60 milhões de euros, mas também as provisões para reestruturação, vão manter os lucros perto dos 700 milhões de euros, devendo o valor total ficar aquém dos números alcançados no ano anterior.

O Novobanco e o Fundo de Resolução chegaram a acordo, no final do ano passado, para terminarem antes do tempo o CCA, que só deveria acabar no final de 2025. Uma decisão, tomada com o aval do Ministério das Finanças, que permitiu, ao fundo, “uma redução significativa das responsabilidades”, num valor superior a 73 milhões de euros. Para o banco, pesa 62,7 milhões de euros nas contas.

Até novembro, os lucros do banco liderado por Mark Bourke já superavam os 650 milhões de euros, de acordo com informação obtida pelo Jornal Económico, ficando, ainda assim, abaixo do valor obtido no mesmo período do ano anterior e da previsão do banco. Em termos mensais, o resultado é mesmo negativo, consequência não só do fim do acordo, mas também das provisões para reestruturação, que ultrapassam os 25 milhões de euros, para o “processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação”, como já tinha explicado o Novobanco nas contas do primeiro semestre.

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