O fim das moratórias aos créditos das famílias a viver em Portugal (em setembro deste ano) pode gerar um malparado da ordem dos 1,32 mil milhões de euros, segundo estimativas da Deco Proteste. Nuno Rico, economista da organização, disse ao JE que “na Europa, cerca de 5% dos créditos sob moratória não conseguiram retomar o pagamento” – mas, com “as especificidades do caso português, essa percentagem deverá situar-se entre os 8% e os 10% dos 13,2 mil milhões de euros sob moratória só no caso dos créditos para compra de habitação”.
Para além da precariedade do emprego, da manutenção do confinamento em sectores-chave como o turismo e do peso excessivo do pagamento do crédito hipotecário em relação aos rendimentos mensais das famílias, os devedores têm ainda que contar com a continuação da contabilização de juros por parte da banca, o que não aconteceu noutros países da União. Sendo certo que, como disse Nuno Rico, “a média europeia de renegociação das dívidas familiares é de 20% e as famílias que não conseguem retomar o pagamento é de 5%”, no caso português, o fim das moratórias deve ser ainda mais dramático.
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