Numa altura em que a Gronelândia está sob os holofotes internacionais, depois de Donald Trump ter dito que a aquisição da ilha é uma necessidade estratégica para os Estados Unidos, a fintech portuguesa Lympid prepara-se para lançar uma nova opção de investimento fracionado através da blockchain: a tokenização de uma propriedade na Gronelândia, já a partir do mês de fevereiro.
Localizada a uma hora do recém-inaugurado aeroporto internacional de Nuuk, esta propriedade exclusiva oferece aos investidores acesso às belas paisagens costeiras da Gronelândia, ao mesmo tempo que beneficia do potencial turístico e económico emergente. A ilha possui riquezas minerais, petróleo e gás natural, mas o seu desenvolvimento tem sido lento.
“Isso não é apenas sobre imóveis. É sobre democratizar o acesso a uma das fronteiras de investimento mais promissoras do mundo”, diz João Lages, co-fundador da Lympid, ao Jornal Económico. “À medida que a mudança climática revela novas oportunidades na Gronelândia, estamos a criar uma ponte para que os investidores globais participem na história de crescimento da região”, acrescenta ao JE. Em estudo está ainda a possibilidade de os investidores terem acesso a vantagens únicas, como estadias gratuitas na propriedade.
A iniciativa da Lympid, que tem como missão descomplicar e democratizar o acesso às finanças descentralizadas, representa uma abordagem inovadora, em que alia as finanças digitais, mas respeitando a soberania local. “Estamos prontos para colaborar com as autoridades americanas, groenelandesas e dinamarquesas para demonstrar como a tokenização pode contribuir para o desenvolvimento económico do território, preservando o seu património cultural e natural único”, sublinha João Lages.
A empresa portuguesa tem diversas categorias de produtos para investimento fracionado, como dívida americana, cavalos de competição, relógios de luxo, vinhos e malas. Durante este ano, haverá outros, como um empreendimento de luxo na Comporta, carros clássicos ou vinhos italianos. “Estamos a estudar o acesso a certas regalias para os investidores. Por exemplo, em relação aos cavalos terem acesso a bilhetes VIP para assistirem às corridas, ou poderem usufruir de alguns dias no caso do imobiliário, desde que não esteja arrendado”, sublinha João Lages.
A fintech bracarense quer permitir que qualquer pessoa, independentemente do seu grau de literacia na área, consiga um acesso e sentido de propriedade totais aos seus investimentos. “A nossa plataforma foi concebida desde o início para ser tão intuitiva quanto possível, oferecendo uma experiência digital fluida e simples. Em pouquíssimos passos, um utilizador pode movimentar os seus euros para protocolos de finanças descentralizadas; removemos etapas intermediárias complexas que muitas vezes desencorajam os novos utilizadores. O acesso aos produtos que oferecemos é tão simples como, hoje em dia, fazer uma transferência bancária no nosso computador”, explicam André Lages e João Lages, os fundadores da Lympid.
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