Depois das operações STOP do fisco, mandadas cancelar pelo Governo, a direção de Finanças do Porto (DFP) volta a estar no epicentro de nova polémica.
Esta direção criou em 2017 uma equipa de investigação criminal que, sem ordens de serviço escritas, faz vigilâncias, seguimentos e recolha de material fotográfico de suspeitos de crimes fiscais, conforme avança o Jornal Económico esta sexta-feira (acesso pago).
Sobre esta estrutura recaem suspeitas de atuar à margem da lei e, após uma denúncia, a Autoridade Tributária ordenou a realização de uma auditoria, disse ao JE fonte oficial do Ministério das Finanças.
O ministério liderado por Mário Centeno garante que esta equipa especial do Fisco tem enquadramento orgânico, tendo sido criada por proposta do anterior diretor de Finanças do Porto. Mas o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), Paulo Ralha, afirma desconhecer a sua existência.
Questionada sobre denúncias de uma alegada atuação à margem da lei, fonte oficial da Finanças revelou que decorre uma auditoria, após chamada de atenção por parte de um sindicato.
“Tendo a atução desta equipa sido objeto de preocupação transmitida por uma organização sindical à AT, essas considerações justificaram que se determinasse uma averiguação, que se materializa numa auditoria que decorre”, disse fonte oficial das Finanças, acrescentando que a auditoria “encontra-se em curso, pelo que é premturo falar sobre o objeto da mesma”.
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