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Florestas, fazendas ou ranchos. Investidores apostam em nova classe de ativos

O Bank of America criou uma unidade de ativos especiais para quem deseja obter retornos num prazo mínimo de 10 anos.
19 Junho 2019, 07h20

Tom Crowder está entre os mais de 200 especialistas empregados pelo grupo de gestão de ativos especiais do Bank of America, o SAM, que administra ativos no valor de 13,6 mil milhões de dólares (12,1 mil milhões de euros). O cliente-alvo deste grupo está à procura de áreas florestais, fazendas, ranchos, energia ou imóveis, os chamados investimentos alternativos que podem diversificar as carteiras formadas principalmente por ações e outros instrumentos financeiros. O objetivo é fornecer proteção contra a inflação.

Os retornos em áreas florestais totalizaram 3,2% em 2018, face aos 2,4% do ano anterior, cita a agência Bloomberg. De acordo com o especialista do Bank of America, a diminuição da terra arável e a crescente procura por alimentos são razões de sobra para investir em terras agrícolas. “As pessoas têm que comer, e o que acreditamos sobre a natureza intrínseca desses ativos é que eles têm um valor real e persistem com o tempo”.

A lista de clientes do banco inclui investidores de todo o mundo. Os ativos produzem receita – na forma de colheitas, gado, petróleo e gás -, mas os compradores precisam de se sentir à vontade com um horizonte de tempo bastante longo. Uma fazenda que produza madeira pode gerar vendas imediatas ou levar anos para ser colhida, dependendo da maturidade das árvores e das condições de mercado, ou décadas, se contarmos a partir da semente.

“Isso não é como ações e títulos. Não compra na segunda-feira e vende na quarta. Tem de estar a pensar a 10 anos, caso contrário estes ativos não são para si”, explica o especialista à agência Bloomberg.

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