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FMI congela 355 milhões de euros a Nicolás Maduro

Em janeiro, quando Guaidó assumiu a presidência, o Banco de Inglaterra impediu Maduro de retirar 1,07 mil milhões de euros em ouro dos cofres, e Trump entregou o controlo das contas a Guaidó.
10 Abril 2019, 17h54

Juan Guaidó auto-proclamou-se como presidente da Venezuela no início do ano e desde então que Nicolás Maduro procura apoio de outros países, tanto a nível político como financeiro. No entanto, o presidente que sucedeu a Hugo Chávez tem visto os seus pedidos negados.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) suspendeu o acesso de Maduro a 400 milhões de dólares (355 milhões de euros) da reserva monetária, quando o presidente da Assembleia Nacional afirmou que passaria a ser o líder legítimo da Venezuela, garante o jornal ‘Bloomberg’. Entretanto, o jornal noticia que a Venezuela reduziu as suas participações na reserva em quase mil milhões de dólares (887 milhões de euros).

A resposta do FMI resulta numa derrota temporária para o Governo de Maduro, uma vez que procuravam reunir dinheiro externo para evitar um colapso económico, que poderia prejudicar o apoio dos principais comandantes militares. Segundo a ‘Bloomberg’, a reserva representa uma das últimas fontes de dinheiro que restava do regime. Quase dois terços dos nove mil milhões de dólares (quase oito mil milhões de euros) são reservas de ouro, e o país não consegue liquidar devido às sanções impostas pelos EUA que apoiam Guaidó.

Raphael Anspach, porta-voz do FMI, disse que não podia fazer comentários sobre as reservas, uma vez que estas são avaliadas contra uma combinação de cinco moedas globais, de forma a evitar a dependência do ouro ou do dólar americano. Ainda que a Venezuela tenha usado esta reserva internacional para reforçar as suas pessoais, estas têm reduzido após décadas.

Ricardo Hausmann, conselheiro económico de Guaidó, disse ao jornal que o FMI está a salvaguardar os bens até que um novo Governo suba ao poder. “Os fundos vão voltar a estar disponíveis quando a usurpação terminar”, garantiu.

Quando Guaidó assumiu o lugar de presidente interino, em janeiro, o Banco de Inglaterra impediu Maduro de retirar 1,2 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros) em ouro dos seus cofres, e Trump entregou o controlo das contas bancárias venezuelanas nos Estados Unidos para Juan Guaidó.

 

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