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FMI melhora perspetivas económicas do Reino Unido

O FMI prevê que o PIB cresça 1,5% em 2025, uma vez que a descida da inflação favorece o poder de compra e as condições financeiras são mais flexíveis.
Reino Unido
21 Maio 2024, 13h45

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou hoje as previsões para a economia britânica, que está a recuperar “mais rapidamente do que o esperado”, mas alertou para “escolhas difíceis” no horizonte para estabilizar a dívida pública.

“Com o crescimento a recuperar mais rapidamente do que o esperado, a economia do Reino Unido está a caminhar para uma aterragem suave, após uma ligeira recessão técnica em 2023”, afirmou o FMI num relatório.

Prevê-se agora que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresça 0,7% no conjunto de 2024, contra a estimativa de 0,5% das projeções publicadas em abril.

De acordo com os dados oficiais do Reino Unido publicados no início de maio, o país registou um crescimento do PIB de 0,6% nos primeiros três meses do ano.

Depois de ter atingido um pico de mais de 11% no final de 2022, a inflação no Reino Unido “caiu mais rapidamente do que o esperado no ano passado e deverá regressar de forma sustentável no início de 2025” ao objetivo de 2% do Banco de Inglaterra, continua o FMI.

O FMI prevê que o PIB cresça 1,5% em 2025, uma vez que a descida da inflação favorece o poder de compra e as condições financeiras são mais flexíveis.

A poucos meses das eleições nacionais, em que o seu partido deverá perder para o Partido Trabalhista, na oposição, o ministro das Finanças conservador, Jeremy Hunt, congratulou-se hoje com um relatório que “mostra claramente (…) que a economia britânica registou progressos significativos”.

No entanto, “terão de ser feitas escolhas difíceis a médio prazo para estabilizar a dívida pública, dadas as pressões significativas sobre os serviços públicos e as necessidades críticas de investimento”, advertiu o FMI.

O Fundo sugeriu, nomeadamente, o aumento das receitas fiscais, a contenção das despesas e a melhoria da eficiência dos serviços públicos.

Hunt, que reduziu as contribuições para a segurança social por duas vezes nos últimos meses, prometeu reduções fiscais na sexta-feira se os conservadores continuarem no poder no próximo parlamento.

Hoje, o FMI “desaconselhou” quaisquer “reduções adicionais de impostos, a menos que promovam de forma credível o crescimento e sejam devidamente compensadas por medidas cuidadosas de redução do défice”.

A instituição internacional aconselha “reformas estruturais ambiciosas”, enquanto as perspetivas de longo prazo do Reino Unido continuam a ser penalizadas pela “baixa produtividade do trabalho e níveis de inatividade ligeiramente superiores aos previstos devido a doenças prolongadas”.

As autoridades britânicas devem também “manter o rumo da política climática”, segundo o FMI, que sublinha que as políticas e as despesas atualmente previstas serão insuficientes para atingir os objetivos do país.

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