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FMI melhora projeções para Portugal em 2021: défice será 4,8% e dívida de 130,8% (com áudio)

Apesar da melhoria em 2021, estes indicadores virão as estimativas do Fundo em 2022 sofrer um agravamento. No entanto, a trajetória para ambos os indicadores a partir daí será de quedas anuais.
  • 4 – Portugal
13 Outubro 2021, 12h03

O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um défice de 4,8% do PIB para a economia portuguesa em 2021, seguido de 3,0% em 2022. Para a dívida pública, o Fundo prevê que esta atinga os 130,8% este ano, caindo depois para os 125,7% em 2022.

Estes dados, divulgados esta quarta-feira, representam uma melhoria do cenário projetado para 2021 nas vertentes do défice e da dívida, enquanto para 2022 ambos os indicadores se agravam. No anterior relatório de política orçamental, o organismo estimava que Portugal fechasse 2021 com um défice de 5% e uma dívida pública de 131,4%, valores que passariam para os 1,9% e 125,6%, respetivamente, em 2022.

Ainda assim, estes dados destoam ligeiramente das previsões do Governo inscritas no cenário macro divulgado na antecâmara do Orçamento do Estado para 2022. Apesar da melhoria na previsão do défice, esta é ainda superior ao estimado pelo Executivo, que coloca a fasquia nos 4,3% para este ano, ao passo que no que respeita à dívida a diferença é mais substancial, com o Governo a apontar aos 126,9%.

Há que sublinhar, no entanto, que as previsões do FMI não contabilizam o impacto do Orçamento do Estado para 2022, cuja proposta foi conhecida esta segunda-feira.

As previsões do FMI também não incluem um regresso do país aos saldos primários positivos. As estimativas até 2026 apontam no sentido de uma trajetória descendente deste indicador, mas a projeção é que, em 2026, o país chegue aos 1,3% de défice.

A despesa do Estado deverá começar a cair já em 2021, com 48,8% do PIB, depois de ter chegado aos 49,0% em 2020. A tendência de queda dever-se-á manter nos próximos anos: para 2022, a expectativa é que este indicador baixe para 46,5% do PIB, mantendo esta trajetória até 2026, quando o FMI o vê a chegar aos 43,5%.

No capítulo da dívida, a estimativa é que esta vá continuando a cair, baixando da barreira dos 120% em 2024, quando se estima que desça até aos 119,9% do PIB. Em 2026, a previsão do FMI aponta para 114,7%.

[notícia atualizada às 12h12]

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