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FMI prevê que crescimento do PIB cabo-verdiano chegue aos 5,2% em 2019

“As metas quantitativas foram todas atingidas com exceção das receitas fiscais que ficaram aquém das expectativas porque as importações aumentaram, mas ficaram abaixo do previsto. Portanto todas as metas previstas foram atingidas”, afirmou a chefe de missão de avaliação.
16 Dezembro 2019, 21h45

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou esta segunda-feira, na cidade da Praia, que todas as metas acordadas com as autoridades cabo-verdianas foram atingidas e reiterou a perspetiva de que o Produto Interno Bruto (PIB) deste país africano vai crescer em 2019 acima dos 5%.

A consideração foi feita pela chefe de missão de avaliação da instituição, Kabediy Mbuyi Malangu, no final de uma missão de duas semanas a Cabo Verde, para uma avaliação ao abrigo do instrumento de coordenação de políticas.

Segundo Kabediy Mbuyi Malangu, a delegação – que além de discutir com as autoridades nacionais se deslocou à Boa Vista para contactos com autoridades locais, ONG e setor privado- constatou que todas as metas acordadas com as autoridades cabo-verdianas foram atingidas com exceção das receitas fiscais que ficaram aquém das expectativas.

“As metas quantitativas foram todas atingidas com exceção das receitas fiscais que ficaram aquém das expectativas porque as importações aumentaram, mas ficaram abaixo do previsto. Portanto todas as metas previstas foram atingidas”, afirmou, em conferência de imprensa de balanço da missão.

Além disso, a porta-voz do FMI afirmou que há “boas perspetivas” para o futuro, estando a implementação das reformas em linha com os objetivos do programa, que consiste no apoio à implementação de medidas que garantam a sustentabilidade orçamental.

“Consideramos que as perspetivas de crescimento são consolidadas. O crescimento em 2019 será de 5,2% do PIB e inflação vai continuar baixa o que é um bom impulso para o desenvolvimento”, disse Kabediy Mbuyi Malangu.

A representante do FMI realçou a boa acumulação das reservas internacionais e a solidez do sistema financeiro, isto apesar de considerar que os bancos continuam a sofrer com o crédito malparado, em grande parte devido ao crédito contraído antes da crise de 2008.

“Partimos hoje com o sentimento de que o desenvolvimento recente é muito encorajador e positivo. Vimos o compromisso das autoridades em continuar a enfrentar os desafios que a economia enfrenta, vimos também que as reformas foram bem direcionadas”, sustentou a mesma representando, destacando ainda o apoio do governo local às PME.

O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, congratulou-se com a “avaliação positiva” do FMI e reafirmou o compromisso de continuar a aumentar as receitas domésticas.

“Nós não podemos continuar a financiar o Orçamento de Estado com recurso ao indevidamente e à ajuda pública, tem de ser com base nas receitas endógenas. Portanto a regra é simples. Todos têm de pagar para que todos paguem menos e as despesas do Estado devem ser financiadas, prioritariamente, com o recurso às receitas endógenas”, sublinhou o governante.

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