O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve as projeções de crescimento da economia da zona euro para este ano e reviu em alta ligeira as para 2020. No “World Economic Outlook”, divulgado esta terça-feira, a instituição prevê que o Produto Interno Bruto da zona euro cresça 1,3% este ano e 1,6% em 2020.
“É esperado que o crescimento na zona euro recupere ao longo do ano e em 2020, com a procura externa a recuperar e os factores temporários (incluindo a queda nas matrículas dos carros alemães e dos protestos [dos coletes amarelos] em França) a desvanecerem”, antecipa o WEO.
O FMI adianta ainda que a previsão de crescimento para 2019 é revista em baixa ligeira para a Alemanha para 0,7% este ano, “devido à procura mais fraco do que o esperado, que também pesa sobre o investimento”. No entanto no próximo ano, deverá recuperar para 1,7%, mais 0,3 pontos percentuais (p.p.) do que na previsão de abril.
A instituição explica ainda que a revisão em baixa da Alemanha para este ano é compensada pela manutenção das perspetivas para França, “onde medidas fiscais devem apoiar o crescimento e com os efeitos negativos dos protestos [dos coletes amarelos] a dissiparem-se” e Itália, país cujo outlook mantém a incerteza orçamental, do WEO de abril.
O FMI vê, assim, a economia francesa a crescer 1,3% este ano e 1,4% no próximo ano, enquanto o PIB italiano deverá ter uma expansão de 0,1% e 0,8% este ano e em 2020, respetivamente.
Já para Espanha, o projeção do crescimento foi revista em alta este ano , refletindo investimento mais forte e enfraquecimento das importações no início do ano. O FMI vê assim a economia espanhola a crescer 2,3% este ano e 1,9% no próximo ano.
O FMI reviu em alta ligeira as estimativas de crescimento do PIB do Reino Unido para 1,3% este ano, mais 0,1 ponto percentual do que em abril, mantendo a projeção de 1,4% para o próximo ano.
“A revisão em alta reflete um quarto trimestre de resultados mais forte do que o antecipado devido à acumulação de balanços”, refere o WEO. “A previsão pressupõe um Brexit ordenado seguido de uma transição gradual para o novo regime. No entanto, a partir de meados de julho, a forma final do Brexit permaneceu altamente incerta”.
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