Rui Tavares, do Livre, contou uma história familiar, relatando que a sua mãe, que trabalhava em casa de um “brigadeiro do regime”, tinha “pesadelos com o ditador”. O patrão dizia-lhe: “Cuidado, Lucília: se você tivesse mais educação, já estava presa”. Esse episódio levou o deputado a concluir que “até os defensores do regime sabiam perfeitamente que o medo era o que os sustentava”, pelo que contavam que o país tivesse “muito medo e pouca imaginação”.
Rui Tavares descreveu o 25 de Abril como “a mais bela revolução do séc. XX”, sendo aplaudido por toda a bancada do PS. Pediu que não se dê atenção aos “inimigos de Abril” que menosprezam este acontecimento histórico porque desejam “fama ou poder”. Numa referência ao 25 de Novembro, referiu que há mais dias que “nos dizem muito”, mas são “todos incomparáveis com o dia que os criou”.
O deputado sugeriu ainda que o Parlamento instale uma estátua feminina em homenagem às mulheres de Abril. Terminou o discurso aplaudido de pé pela bancada do PS, recebendo também aplausos de deputados de BE e PCP.
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