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Forças Armadas não fazem reivindicações cumprem a sua missão

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, afirmou hoje que as Forças Armadas têm sempre cumprido a sua “missão de forma exemplar”, notando que as suas “necessidades” têm sido “correspondidas, dentro dos recursos orçamentais” disponíveis.
10 Junho 2017, 14h45

Depois das comemorações do Dia de Portugal, que decorreram no Porto, o ministro respondeu aos jornalistas sobre a questão das reivindicações das Forças Armadas (FA), assegurando que “as Forças Armadas têm necessidades, como todos temos, e são correspondidas dentro dos recursos orçamentais”.

Augusto Santos Silva sublinhou ainda que as FA cumprem “sempre a sua missão” e “fazem-no sempre com exemplaridade, galhardia e sentido de dedicação”.

De acordo com a Lusa, na quarta-feira, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello foi questionado numa audição parlamentar sobre as consequências das cativações orçamentais na operação dos ramos, sobretudo na Força Aérea e na Marinha, tendo respondido que, “até hoje, não foi posta em causa nenhuma componente essencial do serviço que as Forças Armadas portuguesas prestam aos portugueses”.

O governante sublinhou que os constrangimentos orçamentais se mantêm em 2017.

As incorporações nas Forças Armadas atingiram em 2016 as 3.900, o número mais elevado dos últimos cinco anos, com o Governo a admitir que possa haver mais entradas este ano, disse na ocasião o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello.

O governante afirmou então que o recrutamento “sentiu nos últimos anos dificuldades que se prendem com uma redução muito grande, no Governo anterior, das admissões e que se traduziu numa certa dificuldade”.

Contudo, em 2016, as incorporações atingiram as 3.900, o número “melhor dos últimos cinco anos” e a “expectativa é de aumentar” em 2017 o número de admissões “para compensar as saídas”.

 

Também na audição, José Azeredo Lopes, ministro da Defesa Nacional revelou que pediu uma segunda auditoria a realizar pelo Instituto de Ação Social das Forças Armadas (IASFA) para obter mais informação sobre aspetos já identificados na anterior relativamente às dívidas da ADM (Assistência na Doença aos Militares) e procedimentos contabilísticos.

A Lusa avança que segundo o ministro, a auditoria detetou um buraco financeiro à razão de um milhão e meio de euros por mês, acumulando 61 milhões de euros a 31 de maio de 2017.

Relativamente a soluções, Azeredo Lopes disse que passará pela diversificação da receita ou por uma alteração que permita ao IASFA “funcionar de forma normal”.

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