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Forum para a Competitividade propõe grupo de trabalho sobre exemplo dos países da coesão

O economista Pedro Braz Teixeira defende um grupo de trabalho que integre o Ministério da Economia “(focado nos resultados)” e o dos Negócios Estrangeiros “(para facilitar a recolha de informação)”, ainda que aberto à sociedade civil”.
2 Março 2020, 18h04

O Forum para a Competitividade recomenda a criação de um grupo de trabalho sobre o exemplo dos países da Coesão, de forma a compreender o que sustentam deve ser a receita que Portugal também deverá seguir.

“Não podemos ficar parados à espera que todo este desastre se concretize sem fazer nada para o contrariar. Impõe-se estudar o que está a ser feito nos países da Coesão, para que eles consigam tão bons resultados e Portugal compare tão mal com eles”, refere a Nota de Conjuntura, que será divulgada esta terça-feira.

O economista Pedro Braz Teixeira considera que “deveria ser criado um grupo de trabalho para esta análise”, que integrasse o Ministério da Economia “(focado nos resultados)” e o dos Negócios Estrangeiros “(para facilitar a recolha de informação)”, ainda que “aberto à sociedade civil, incluindo universidades, associações patronais, centrais sindicais (se estiver disponíveis para pressionar as alterações que permitem aumentos salariais muito maiores nos países de referência do que em Portugal)”.

“O Forum para a Competitividade desde já se disponibiliza para integrar este mesmo grupo de trabalho, com todos os estudos já realizados e a concretizar no futuro”, acrescenta, destacando que “deverão sair recomendações de política que haveria vantagem em distinguir pelo período temporal”.

Pedro Braz Teixeira baseia-se no cenário de que entre 1995 e 2015 houve convergência em todos os países da coesão, excepto Grécia, Chipre e Portugal, o que o leva a antecipar que até 2024, “Portugal seria ultrapassado pela Hungria, Roménia, Polónia e Letónia, ficando a ser um dos quatro países mais pobres da UE”.

“Em 2031, seria a vez da Croácia nos ultrapassar e a própria Grécia também o poderia fazer na próxima década, tendo em conta as previsões mais recentes da CE. Portugal ficaria então o segundo país mais pobre da UE, só à frente da Bulgária, passando para o último lugar dentro de vinte anos”, escreve.

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