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Fóssil de “dragão do mar” gigante’ encontrado no Reino Unido

O ictiossauro, que tem um esqueleto que mede cerca de 10 metros de comprimento e um crânio que pesa cerca de uma tonelada, é o maior e mais completo fóssil deste tipo alguma vez encontrado no Reino Unido. Fóssil foi descoberto quando uma equipa de conservação fazia uma drenagem de rotina de uma ilha lagunar.
  • Representação do maior ictiossauro da Grã-Bretanha (Foto: University Of Manchester)
14 Janeiro 2022, 17h13

Um fóssil gigante de um Ichthyosaurus​, um tipo de réptil marinho que viveu durante o período Jurássico Inferior (há cerca de 200 milhões de anos), foi descoberto em Midlands, no Reino Unido, e está a ser descrito como uma das maiores descobertas da história da paleontologia britânica.

Os restos fossilizados deste “dragão do mar”, que a equipa responsável pela descoberta acredita ser o maior ictiossauro ​do Reino Unido, foram encontrados na Reserva Natural de Rutland.

Conhecido como “dragão do mar”, o ictiossauro está extinto há cerca de 90 milhões de anos, desde o período Cretácico, tendo ocupado os oceanos durante 160 milhões de anos, quando os dinossauros dominavam a terra.

“É o maior e mais completo esqueleto do género descoberto até hoje no Reino Unido e também é considerado como o primeiro Ichthyosaurus ​da sua espécie (Temnodontosaurus trigonodon) a ser encontrado no país”, refere a equipa no comunicado que anunciou a descoberta.

“A Grã-Bretanha é o berço dos ictiossauros, os seus fósseis foram desenterrados na zonda durante 200 anos”, disse, em entrevista à BBC News, o paleontólogo da Universidade de Manchester, Dean Lomax, responsável por comandar a equipa de escavação.

“Apesar dos muitos fósseis de ictiossauro encontrados na Grã-Bretanha, é notável pensar que o ictiossauro de Rutland é o maior esqueleto já encontrado no Reino Unido. É uma   descoberta verdadeiramente sem precedentes e uma das maiores da história paleontológica britânica”, declarou Dean Lomax

O condado de Rutland fica a mais de 50 quilómetros da costa, mas, segundo os cientistas, há milhões de anos a região era coberta por um oceano.

Quase um ano depois de descobertos, este mês de janeiro os restos do animal foram finalmente escavados na totalidade.

O fóssil encontra-se a ser estudado em Shropshire, na zona oeste de Inglaterra, próximo do País de Gales.

Depois disso, será devolvido ao condado de Rutland para ficar em exposição permanente.

 

 

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