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Fosun volta a investir no setor da moda na Alemanha

O grupo chinês, dono do BCP e da Fidelidade tem aumentado os seus interesses no setor em vários países da Europa. Em 2018 entrou no capital da histórica empresa francesa Lanvin.
Aly Song / Reuters
4 Abril 2019, 09h20

A Fosun International, grupo de investimento chinês que em Portugal atua nas áreas da banca e dos seguros, apresentou uma oferta pública de aquisição para aumentar sua a participação na Tom Tailor dos atuais 30% para os 50%. O grupo é um dos dez maiores retalhistas da Alemanha: fundada em 1962, é dono das redes Tom Tailor e Bonita e está listado na Bolsa de Valores de Frankfurt.

A oferta equivale a 2,31 euros por ação, preço menor que a atual cotação do grupo alemão, que ontem fechou a valer 2,43 euros. O fundo chinês, que atualmente detém 30% do capital da Tom Tailor, explicou em comunicado que, após a operação, não planeia fazer qualquer alteração interna e que manterá a rede comercial da empresa de moda, bem como a força de trabalho. O grupo emprega 6.800 trabalhadores e possui 1.460 estabelecimentos em vinte países.

O grupo chinês garantiu ainda que não pretende adquirir mais de 50% do capital da empresa. A Fosun entrou no capital da empresa alemã em 2014 e gradualmente aumentou a sua participação até aos 30%.

O interesse chinês pela moda não se fica pela Tom Tailor: Folli Follie, St. John e Caruso são outras insígnias que fazem parte do seu portefólio. Já no ano passado,, o grupo comprou a maioria do capital da Lanvin, histórica casa francesa de moda.

A mais antiga casa de moda francesa em atividade era detida em 75% pela empresária Shaw Lan Chu-Wang, de Taiwan, e pelo empresário alemão Ralph Batel, que manterá uma participação minoritária na Lanvin. Na altura da aquisição, a imprensa dava nota de que a Fosun iria investir mais de 100 milhões de euros na casa francesa.

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