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França. Inflação homóloga abranda para 4% em outubro

O abrandamento da subida dos preços da energia e dos produtos alimentares, por um lado, e o aumento menos acentuado dos preços dos produtos manufaturados, ajudam a justificar a contenção no aumento dos preços, que tinha sido de 4,9 % em setembro. 
7 – Franca
15 Novembro 2023, 12h13

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) em França desacelerou para 4% em outubro por comparação com o mês homólogo, de acordo com o instituto de estatística francês (INSEE, L’Institut national de la statistique et des études économiques), que explica esta contenção com o aumento mais lento dos preços da energia e dos produtos alimentares.

Num boletim divulgado esta quarta-feira, o INSEE dá conta de “uma recuperação dos preços dos serviços (+0,3% após -1,6%), em particular dos preços dos transportes (+4,1% após -11,6%)”, enquanto os “preços dos produtos manufaturados abrandaram (+0,2% após +0,7%)”. Na energia, esteve em causa uma diminuição dos preços durante um mês (-0,5% após +2,0%), em especial os produtos petrolíferos (-1,7% após +3,2%)”. Nos produtos alimentares, o gabinete francês nota que os preços se mantiveram estáveis durante um mês (+0,0% após -0,3%)”.

Quanto à variação em cadeia, está em causa um aumento muito ligeiro, de 0,1%, devido ao aumento dos preços dos serviços.

Por sector, “os preços da energia subiram 5,2% em outubro de 2023, após terem registado um aumento de 11,9% em setembro”, explicada sobretudo por efeitos base devido ao forte aumento em outubro do ano passado. Passando para o gás, os preços “desceram em termos homólogos (-5,5% após +7,6%), tal como os preços dos combustíveis sólidos (-8,4% após +6,1%), principalmente devido a efeitos de base (tinham subido acentuadamente em outubro de 2022). Os preços dos produtos petrolíferos abrandaram acentuadamente (+1,8% após +10,7%), em parte devido a efeitos semelhantes: desaceleraram para a gasolina (+13,5% após +25,9%) e para o gasóleo (+1,6% após +10,0%), enquanto caíram mais acentuadamente para os combustíveis líquidos (-16,2% após -10,5%). Em contrapartida, os preços da eletricidade aceleraram ao longo do ano (+18,5% após +16,1%)”, detalha o INSEE no mesmo boletim.

Passando ao produtos alimentares, ao longo de um ano os preços subiram 7,8% até outubro de 2023 (9,7% em setembro).

“Este é o sétimo mês consecutivo em que os preços dos géneros alimentícios abrandaram”, refere o INSEE na mesma nota, que observou uma quebra em quase todos os bens (pão e cereais, carne, leite, queijo, ovos, óleos, açúcar, compotas, mel, chocolate e produtos de confeitaria).

No que diz respeito ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), o INSEE reporta uma recuperação de 0,2% depois de ter registado uma quebra de 0,6% em setembro; em termos homólogos, está em causa uma subida de 4,5% em outubro de 2023, após +5,7% no mês anterior.

Estes dados finais confirmam a primeira estimativa publicada no final de outubro.

O ministro francês da Economia, Bruno Le Maire, garantiu ontem, terça-feira, que a “inflação está a baixar fortemente”, e que o país está “fora da crise inflacionista. “O aumento dos preços dos produtos alimentares continua a ter um efeito muito negativo para milhões de concidadãos”, alertou, porém, o governante, citado pelo “Le Monde”.

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