Franchising atinge crescimento recorde e é responsável por 8,3% do PIB em Portugal
O franchising continua a crescer em Portugal, consolidando-se como um motor essencial da economia nacional. De acordo com os números divulgados pela Associação Portuguesa de Franchising, em 2023, o setor representou 8,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, um aumento significativo em relação aos 7,23% do ano anterior. Os setores de serviços e retalho foram fundamentais para o aumento da faturação, que cresceu 29,41%, passando de 17 mil milhões de euros em 2022 para 22 mil milhões em 2023, a maior evolução já registada.
O número de marcas a operar em Portugal também subiu 4,63%, de 518 para 542. O franchising foi responsável por 185.423 postos de trabalho, representando 27% do total de empregos no país, o que reflete um crescimento de 4,78% em relação a 2022.
Os serviços constituem 57% do total de marcas, seguidos pelo comércio (25%) e restauração (18%). As franquias com investimento até 50 mil euros foram as que mais cresceram, representando 71% do setor. Os segmentos de restauração e Fast Food lideram com 9,62% do total de marcas, seguidos pelo comércio especializado (8,27%) e retalho de moda, calçado e acessórios (7,88%). Outros setores em destaque incluem cafetarias e gelatarias (7,12%), estética, saúde e bem-estar (6,15%) e mediação imobiliária (5,96%).
A 27ª edição da Expofranchise, a maior feira do setor na Península Ibérica, ocorrerá nos dias 18 e 19 de outubro no Pátio da Galé, reunindo cerca de 50 marcas, palestras de especialistas e um espaço interativo, a Expofranchise Experience, para os visitantes conhecerem melhor os produtos oferecidos. Cristina Matos, secretária-geral da Associação Portuguesa de Franchising, destaca que o crescimento do franchising tem um impacto significativo na economia nacional, reforçando o consumo interno e impulsionando o PIB, especialmente nas áreas de turismo e comércio.
De acordo com a responsável, “a estrutura do franchising em Portugal mantém-se estável, com os serviços liderando o setor e o comércio e a restauração a seguirem. No entanto, o crescimento tem estimulado o aumento de franquias de baixo investimento, até 50 mil euros, permitindo maior acessibilidade a Pequenas e Médias Empresas (PME), o que diversifica e solidifica ainda mais a estrutura do franchising no país, aumentando a competitividade e a inovação nos modelos de negócios”, assinala ainda Cristina Matos.
