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Francisco Rodrigues dos Santos quer ver CDS-PP a travar “histerias de nichos à volta do radicalismo”

Líder centrista distribuiu críticas ao Chega, PSD e PS num discurso que marcou a ‘rentrée’ política do CDS-PP. deixando um aviso aos participantes da escola de quadros da Juventude Popular: “Se não nos encarregarmos de escrever a história da direita em Portugal, outros o farão por nós.”
20 Setembro 2020, 14h36

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, encerrou neste domingo a escola de quadros da Juventude Popular com um discurso virado para o Chega, afirmando que o “novo partido popular” que a sua direção está a construir deve “ser útil a Portugal e aos portugueses”, pensando “o país à direita dispensando histerias de nichos à volta do radicalismo e do extremismo”.

Discursando em Oliveira do Bairro, onde decorreu a iniciativa da Juventude Popular, que não se esqueceu de comparar com a Festa do Avante – “isto não é um ajuntamento na Quinta da Atalaia; isto é a escola de quadros sob fortes medidas restritas de segurança, respeitando os sacrifícios dos portugueses”, comentou -, o líder centrista disse que “menos CDS significou mais populismo e menos responsabilidade”, prometendo empenho para travar a progressão eleitoral do Chega. “Se não nos encarregarmos de escrever a história da direita em Portugal, outros o farão por nós. Porventura findos da franja dos populismo e da área do protesto”, alertou.

Mas Francisco Rodrigues dos Santos também não poupou críticas ao PS e ao PSD, dizendo que o CDS tem de ser um “travão ao bloco central” e “resgatar Portugal da ditadura dos interesses”. “De cada vez que o bloco central engorda, a nossa democracia emagrece. Foi assim na eliminação dos debates quinzenais, está a ser assim com a distribuição dos lugares nas CCDR por todo o pais, foi assim que tentaram eliminar as reuniões do Infarmed e foi assim que limitaram a democracia participativa nas candidaturas independentes a nível local”, referiu.

Quanto à pandemia de Covid-19, o presidente do CDS-PP realçou que “a incompetência do Governo” manifesta-se altamente perigosa, quase tanto quanto o coronavírus, voltando a pedir a saída da “ministra da insensibilidade social” Ana Mendes Godinho, na sequência do “trágico episódio” do lar de Reguengos de Monsaraz onde um surto provocou 18 mortes.

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