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Francisco Rodrigues dos Santos: “Vamos acabar com a folga que tem sido dada na oposição ao Governo socialista”

O novo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, compromete-se a unir o partido e construir uma oposição construtiva e não uma “trovoada de protestos” para combater as esquerdas e o socialismo em Portugal, com a perspetiva de “lançar as bases para uma nova maioria de direita em 2023”.
26 Janeiro 2020, 16h40

O novo presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, afirmou este domingo que partido é o único que lidera à direita e que vai acabar com “a folga que tem sido dada na oposição ao Governo socialista”. Francisco Rodrigues dos Santos comprometeu-se a unir o partido e construir uma oposição construtiva e não uma “trovoada de protestos” para combater as esquerdas e o socialismo em Portugal, com a perspetiva de “lançar as bases para uma nova maioria de direita em 2023”.

“Sejamos claros, à direita lidera o CDS e nenhum outro partido (…) É hora de arregaçarmos as mangas, acabarmos com a folga que tem sido dada na oposição ao Governo socialista de António Costa. Vamos, desde hoje, começar a lançar as bases para uma nova maioria de direita em 2023 ou, mesmo que esse calendário seja adiantado, uma maioria que contará sempre com o papel ativo do CDS”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, no discurso de encerramento do 38.º Congresso do CDS-PP, onde foi eleito presidente do partido.

Francisco Rodrigues dos Santos sublinhou que o CDS-PP “não será muleta de ninguém nem mordomo de nenhum outro partido”. “Não nos vamos diluir em nenhuma força política. Nós vamos ser o CDS. Vamos à luta por um partido de partido de estabilidade, de compromisso e de Governo. Porque quando o CDS merece, o povo vota no CDS”, disse.

O líder da Juventude Popular (JP), que deixa agora funções para exercer o mandato de presidente do CDS-PP, defendeu ainda um CDS-PP que “não pede autorização à esquerda para defender as suas ideias” e que faça oposição que não seja “uma trovoada de críticas e de protesto”. E sublinhou: “Somos um partido que é de direita, sem complexos”.

O novo líder democrata-cristão disse também que é tempo de o CDS-PP “se reconciliar com todos os seus ex-presidentes”, salientando os adversários políticos do partido “não estão dentro de casa, mas sim lá fora”. “Seremos uma nova direita para Portugal. Uma síntese dessa nova direita de Manuel Monteiro, de Paulo Portas, mas também de Lucas Pires, que não está fechada nem centralizada em Lisboa, mas que está pelo país, tal locomotiva em movimento”, frisou Francisco Rodrigues dos Santos.

No discurso da vitória, agradeceu ainda a Filipe Lobo d’Avila, candidato à liderança do CDS-PP, que será seu vice-presidente no partido, por ser um “testemunho de humildade, capacidade, humanidade e por reconhecer que o CDS é muito maior do que as diferenças” e a João Almeida, também candidato à liderança do CDS-PP, dizendo que “continuará a ser muito útil ao partido na sede parlamentar”, a deixar a marca do CDS-PP na Assembleia da República.

A moção apresentada por Francisco Rodrigues dos Santos conseguiu 671 votos (46,4%), derrotando João Almeida, que reuniu o voto de 562 congressistas (38,9%) e Filipe Lobo d’Avila, que teve 209 votos (14,5%).

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