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Fraude e corrupção. Cruz Vermelha ‘perdeu o rasto’ a 4,2 milhões de euros

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho admitiu ter perdido o rasto a 4,2 milhões de euros doados para travar o surto de ébola em África, em 2014.
3 Novembro 2017, 17h37

Em comunicado, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) reconheceu ter perdido o rasto a 4,2 milhões de euros que haviam sido doados em 2014 para ajudar a lutar contra o surto de ébola em África. O organismo, com sede na Suíça, admite que este dinheiro tenha sido perdido para a fraude e corrupção, revelando-se indignado com essa descoberta. Lamentando o sucedido, a IFRC anunciou uma série de medidas para evitar que situações semelhantes venham a ocorrer no futuro.

Em causa estão os donativos atribuídos entre 2014 e 2016 às várias delegações nacionais da Cruz Vermelha a partir da IFRC nas zonas afetadas. Uma auditoria às contas da Cruz Vermelha detetou o desaparecimento de quantias elevadas. Na Serra Leoa, desapareceram 1,8 milhões de euros, fruto de um esquema fraudulento que envolvia funcionários da Cruz Vermelha e de um banco. Na Guiné desapareceram perto de 858 mil euros para faturação falsa e sobrefaturação. Na Libéria desapareceram 2,3 milhões de euros em salários de trabalhadores inexistentes ou devido ao inflacionamento dos preços.

O comunicado da IFCR revela que o organismo está a trabalhar com as autoridades de cada um destes países para investigar estas situações e conseguir levar os culpados à justiça, ainda que, para tal tenha de prescindir de qualquer tipo de imunidade que proteja qualquer pessoa ou equipa da Cruz Vermelha que possa ser responsabilizada.

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