Com mais de 53 000 participantes, a Web Summit organizada este ano em Lisboa teve um grande sucesso. A French Tech também. Conhecem a French Tech? O objectivo da iniciativa French Tech é o de reafirmar a posição da França no mapa mundial das principais nações digitais. Como? Possibilitando a participação de vários empresários franceses em salões tecnológicos, a fim de demonstrarem o seu conhecimento e a sua criatividade apresentando igualmente os meios tecnológicos e económicos muito atractivos que as metrópoles francesas oferecem.

Em Lisboa, várias “estrelas” francesas da French Tech partilharam o palco com figuras importantes americanas, inglesas ou israelitas. Foi assim que Nicolas Brusson (Fundador de Blabla Car), Ludovic Le Moan (Co-fundador de Sigfox) ou, ainda, Mathieu Nebra (Co-fundador de OpenClassrooms) intervieram durante três dias. Cerca de outras 180 startups, representando toda a diversidade da French Tech, também estiveram presentes em Lisboa, contribuindo para reforçar a visibilidade do digital francês. Pela terceira vez, foi organizado pelo Business France(equivalente à AICEP), um concurso nacional para seleccionar as startups mais promissoras: de entre elas, 15 expuseram durante os três dias do evento e beneficiaram de um acompanhamento privilegiado, nomeadamente para encontrarem investidores e aumentarem a sua exposição mediática.

A French Tech apadrinhou também uma “soirée” exclusiva, que reuniu 250 investidores internacionais, para lhes dar a conhecer a importância da inovação em todo o território francês e a incrível vitalidade do universo das startups em França: a rede French Tech Loire Valley, que se estende de Tours a Orleães, fez uma prestação notada durante a Web Summit e Toulouse, Montpellier, Marselha ou Nantes são igualmente cidades onde a French Tech também está em plena expansão.

Desde 2012 foram investidos mais de 5,5 mil milhões de euros em mais de 1000 startups em França. E a tendência não pára de crescer. França coloca-se assim no segundo lugar europeu depois do Reino-Unido. Esta atracção pelas startups francesas explica-se por diversos factores, nomeadamente pelos da criatividade e da qualidade da formação dos engenheiros em França.

A French Tech implanta-se também directamente no estrangeiro graças às French Tech Hubs, desenvolvidas para estruturar as comunidades French Tech nas grandes metrópoles de inovação. Nova Iorque, Tóquio, Londres, Barcelona, Pequim, Dubai ou Berlim são algumas das 22 cidades a que este dispositivo diz respeito. Como a comunidade francesa do digital em Lisboa está destinada a crescer, não há dúvida de que a capital portuguesa fará parte da próxima vaga da marca registada French Tech Hub no mundo!

O autor escreve segundo a antiga ortografia.