Funchal: Coligação Confiança critica “falta de rigor e preparação” em projeto de estacionamento na Praça do Município

A Coligação Confiança criticou os documentos que foram enviados pela Câmara Municipal do Funchal, à Direção Regional da Cultura (DRC), sobre a possível construção de um parque de estacionamento subterrâneo na Praça do Município. A Coligação Confiança diz que o pedido “mais se assemelha a um simulacro”, revelando ainda a “ausência de um estudo aprofundado” e refletindo “o grau de impreparação e incoerência” do atual executivo municipal, bem como a “falta de rigor e preparação” do executivo.

O plano para um estacionamento na Praça do Município acabou por ter um parecer negativo da DRC, o que levou a que a Câmara do Funchal não avançasse com o projeto.

“No documento enviado à DRC, a Câmara do Funchal solicita um parecer sobre dois cenários alternativos para o projeto, em que o primeiro propõe um parque subterrâneo com dois pisos, para estacionamento e para cargas e descargas, e o segundo propõe a mesma coisa, mas em quatro pisos. A DRC, na sua resposta, teceu duras críticas ao pedido da Câmara do Funchal, sublinhando a superficialidade dos documentos submetidos, que se limitavam a assinalar a área de intervenção e a sugerir a profundidade da construção. Não foram incluídos estudos técnicos sobre os impactos na circulação e vivência do centro histórico, prazos de execução, acessos ao parque, nem como a “reconstrução” da Praça do Município iria interferir com o seu valor patrimonial. A ausência destes elementos essenciais denota a falta de rigor e preparação com que o atual executivo tem abordado esta questão”, diz a força partidária.

A Coligação Confiança diz que, na resposta dada pela DRC à Câmara do Funchal, foi recordado o trabalho efetuado, no mandato anterior, da Coligação Confiança, “quando foram desenvolvidos projetos sólidos para a requalificação da Praça do Município, pelo arquiteto Paulo David e pelo arquiteto Gonçalo Byrne, e que mereceram o parecer favorável”.

A força partidária sublinhou que esses projetos foram “objeto de análises rigorosas e contaram com várias reuniões técnicas e visitas ao local, num processo de colaboração e estudo meticuloso existentes no mandato anterior, que contrastam fortemente com a abordagem atual, que parece desprovida de uma estratégia clara e de uma metodologia responsável”.

A Coligação Confiança acrescentou que, após três anos de “indefinição e falhanços” em avançar com o projeto do estacionamento para 1.000 a 1.500 lugares, a atual presidente da Câmara, Cristina Pedra, “aproveitou o expectável parecer “não favorável” à “proposta de abertura de um buraco, de dois ou quatro pisos de profundidade, até aos limites da praça”, para anunciar “o abandono desta sua bandeira eleitoral, numa confissão implícita de incompetência e leviandade das propostas apresentados aos funchalenses”.

A força partidária sublinhou ainda que solicitou o acesso aos documentos da DRC, e que os torna públicos, “permitindo aos funchalenses constatar a diferença abismal entre o rigor técnico dos projetos desenvolvidos no mandato anterior e a superficialidade néscia da proposta atual”.