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Funchal: Miguel Silva Gouveia destaca papel da cultura na inclusão das comunidades

A Câmara assinou um protocolo, no valor de 15 mil euros, com o CRIA, para um projeto com a duração de três meses que já está a ser desenvolvido junto comunidade africana que reside no Bairro da Nazaré.
29 Julho 2021, 14h33

O Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, esteve esta manhã no Teatro Municipal Baltazar Dias, para a apresentação do projeto “Living Different Culture”, promovido pelo CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, com o apoio da Autarquia, e que vai ser desenvolvido junto da comunidade africana do Bairro da Nazaré.

Decorreu também a assinatura do protocolo, no valor de 15 mil euros, entre o Município do Funchal e o CRIA. Miguel Silva Gouveia explicou que o apoio “visa cumprir uma atividade de interesse municipal ao abrigo do associativismo, e que pretende trabalhar a inclusão através das artes, diminuindo as assimetrias sociais através da cultura, da música, da dança, da fotografia e do teatro”.

“Procuramos que as comunidades africanas e também ciganas saibam, e acima de tudo sintam, que são parte da nossa sociedade e que têm um papel a desempenhar no Funchal. Não existe melhor forma do que a cultura para fazer com que essas comunidades sejam presentes e ativas na vida da nossa cidade”, reforçou.

O projeto com a duração de três meses já está a ser desenvolvido junto comunidade africana que reside no Bairro da Nazaré. O objetivo é que estas pessoas possam frequentar o projeto, entender o seu legítimo lugar na sociedade, aprendendo a melhor articular a diversidade sociocultural com os valores de cidadania, direitos humanos, igualdade de género, combate ao racismo e à exclusão social e valorização da solidariedade.

O autarca acrescentou que “após o fim deste projeto, serão capacitados cinco artistas madeirenses para poderem dar continuidade a este trabalho de inclusão, uma área em que o Funchal tem sido reconhecido nacional e internacionalmente pelo trabalho que temos vindo a desenvolver, não só na quebra de barreiras de acessibilidade físicas, mas sobretudo na queda de barreiras cognitivas e sociais”.

As oficinas de criação e performance são formadas por dois coordenadores antropólogos, um cocoordenador, cinco formadores artistas e 15 formandos da comunidade de diversos backgrounds socioculturais. Os módulos de formação incluem corpo e performance, teatro e comunidade, artes plásticas, cenografia e guarda-roupa, vídeo, fotografia e som.

O Presidente lembrou ainda os princípios políticos e sociais que estão na base dos projetos de inclusão que a Câmara Municipal do Funchal tem desenvolvido nos últimos anos tanto ao nível da acessibilidade nas ruas, como nos equipamentos culturais, “a melhor forma de mostrar que somos todos iguais, é incluir também pela cultura, sendo este mais um passo importante que damos em busca dessa tolerância”.

“Acreditamos que este projeto é uma semente para que, no futuro, o Funchal possa ter as pessoas e os seus próprios artistas capacitados para fazerem este trabalho de inclusão, demonstrando que somos uma sociedade plenamente inclusiva e que não deixa ninguém para trás”,  concluiu o autarca.

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