Os funcionários da embaixada e postos consulares de Portugal no Brasil vão iniciar uma greve de quatro semanas a partir de 3 de março e acusam o Ministério dos Negócios Estrangeiros de não descongelar o câmbio fictício de 2,638 reais por euro desde 2013.
Em comunicado remetido pelo STDE (Sindicato dos Trabalhadores Consulares, Missões Diplomáticas e Serviços Centrais do MNE), estes trabalhadores anunciam que a greve irá encerrar os serviços ao público entre 3 e 26 de março e que esta ação foi a resposta que os trabalhadores encontraram “face à inércia e indiferença” e enfatizam o facto de serem “os únicos trabalhadores dos serviços periféricos externos do MNE e da Administração Pública portuguesa a não terem o seu salário fixado em euros”.
Estes trabalhadores acusam o Estado português de ter congelado as suas remunerações ao câmbio “fictício” de 1 euro por 2,638 reais, sendo que, “à data do envio do pré-aviso de greve, o câmbio era de 6,0127 reais para 1 euro. “Não houve reposição da tabela salarial destes trabalhadores para euros, recebendo atualmente menos de metade do que lhes é devido”, pode ler-se no comunicado.
De acordo com este sindicato, estes trabalhadores “continuam a ser marginalizados e vítimas num segundo plano, já que não podem beneficiar do mecanismo que acautela as variações cambiais, à semelhança de todos os restantes trabalhadores ao serviço do Estado, e não somente do MNE, no estrangeiro”.
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