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Fundador do Telegram transferido para comparecer perante juiz em França

Esta será a primeira comparência de Dúrov perante os tribunais franceses desde a sua detenção no passado sábado e ocorreu assim que terminou hoje o prazo máximo legal previsto para a sua prisão preventiva.
28 Agosto 2024, 18h37

O fundador da plataforma de mensagens encriptadas Telegram, Pável Dúrov, foi transferido hoje para depor perante um juiz em França, num caso judicial que inclui uma dezena de acusações.

Esta será a primeira comparência de Dúrov perante os tribunais franceses desde a sua detenção no passado sábado e ocorreu assim que terminou hoje o prazo máximo legal previsto para a sua prisão preventiva.

“O juiz de instrução pôs fim à detenção policial de Pavel Durov e pediu-lhe que comparecesse para interrogatório e para possíveis acusações”, informaram fontes judiciais.

Dúrov está a ser investigado num processo que inclui 12 acusações relacionadas com a divulgação através do Telegram – plataforma que conta com quase mil milhões de utilizadores – de conteúdos criminosos relacionados com tráfico de droga, pornografia infantil e burlas.

A lista de crimes inclui a cumplicidade na administração de uma plataforma ‘online’ para permitir transações ilícitas por parte de gangues organizados; a recusa em cooperar com as autoridades através da partilha de documentos ou informações necessárias para evitar atos ilegais; e a cumplicidade em fraudes e tráfico de droga.

O bilionário de origem russa, de 39 anos, foi detido após aterrar num avião privado no aeroporto privado de Le Bourget, perto de Paris.

Dúrov – que também tem nacionalidade francesa e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) – reside no Dubai, onde a palataforma Telegram tem a sua sede.

Após a detenção do seu fundador e CEO, a empresa associada à Telegram divulgou um comunicado no qual assegura que a plataforma “cumpre as leis da União Europeia (UE), incluindo a Lei dos Serviços Digitais” e que “a sua moderação está dentro dos padrões da indústria da UE e melhora constantemente”.

“Pável Durov não tem nada a esconder e viaja frequentemente pela Europa. É absurdo que uma plataforma ou o seu proprietário sejam responsáveis por abusos na sua rede”, acrescenta o comunicado.

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