O fundo de inovação dos CTT – Correios de Portugal entrou na mais recente ronda de financiamento da startup portuguesa Neuralshift, que desenvolve software com algoritmos de inteligência artificial para automatizar processos das empresas. É uma tecnologia especializada em fluxos de trabalho jurídico.
O financiamento, cujo montante não foi tornado público, “está incluído numa dinâmica de aceleração de investimentos” no Fundo de Inovação 1520 (antigo Fundo Techtree) para “startups de elevado potencial e em áreas que são de alta prioridade na Agenda de inovação dos CTT, como é o caso da Inteligência Artificial”, de acordo com o diretor de Digital, Novos Canais e Inovação dos CTT.
Nuno Matos destaca que a Neuralshift nasceu em contexto académico (spin-off do Técnico) e está a ser acompanhada pelo operador postal “desde uma fase muito inicial da sua existência, devido à nossa proximidade com a comunidade científica nas universidades”.
“Temos tido com a Neuralshift uma relação muito produtiva de cocriação de projetos de inovação, nomeadamente de aplicação de tecnologia de IA em vários domínios”, afirmou o executivo do CTT, em comunicado divulgado esta terça-feira aos meios de comunicação social.
O acompanhamento deste grupo de empreendedores – Miguel Freire, Alexandre Borges, João Silva e Gonçalo Oliveira (cofundadores) – será feito através do programa de interação com startups dos CTT, o 1520 StartuProgram, que mapeou mais de duas mil empresas desde que foi criado, contando com 21 projetos em curso.
O Fundo 1520 tem oito milhões de euros para investir em rondas seed (inicial), série A e growth (crescimento) de startups e pequenas e médias empresas que operem em sectores como e-commerce, operações e logística, comunicações, fintech, retalho, publicidade e sustentabilidade.
Neuralshift é uma das 24 entidades que fazem parte do consórcio do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência chamado Center for Responsible AI e liderado pela Unbabel. Feedzai, Sword Health, Automaise, Emotai, Priberam, Visor.ai, YData e Yoonik, Fundação Champalimaud, CISUC, FEUP, Fraunhofer Portugal AICOS, INESC-ID, Instituto Superior Técnico, IST-ID, Instituto de Sistemas e Robótica, IT, VdA, Bial, Centro Hospitalar Universitário de São João, Luz Saúde, Pestana e MC (Sonae) são as restantes. O objetivo do grupo é gerar 250 milhões de euros em exportações até 2030, criar 215 postos de trabalho e atribuir 132 graus académicos, doutoramentos e mestrados.
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