[weglot_switcher]

Fundos lesados do Novo Banco não foram à emissão de 400 milhões

Os fundos de investimento Attestor Capital, BlackRock, CQS e Pimco anunciaram esta sexta-feira não ter participado na emissão de dívida subordinada do Novo Banco dados os “riscos do setor bancário português” e a “discriminação” contra obrigacionistas daquele banco.
29 Junho 2018, 19h11

Os fundos de investimento Attestor Capital, BlackRock, CQS e Pimco anunciaram não ter participado na emissão de dívida subordinada do Novo Banco dados os “riscos do setor bancário português”.

O Grupo que se auto-denomina Novo Note Group, disse em comunicado hoje que “cada um de nós decidiu, de forma independente, não participar nesta emissão. Esta emissão está cotada a mais de 500 pontos base acima das ofertas comparativas mais recentes de bancos periféricos não portugueses, um sinal claro de que os investidores internacionais continuam preocupados com os riscos apresentados pelo sistema bancário de Portugal e com a falta de vontade de abordar as ações discriminatórias contra a os investidores em obrigações do Novo Banco”, diz o grupo de lesados pela transferência, no fim de 2015, de cinco séries de obrigações seniores para o BES mau, provocando a sua perda irreversível.

Para esta emissão de dívida Tier 2, o Novo Banco teve que contar com um mecanismo de capital contingente que deixa os contribuintes portugueses em pior situação, e teve de contar com uma oferta de  troca de antigos instrumentos de dívida sénior pelas novas obrigações subordinadas.

“Este é mais um exemplo do tratamento inconsistente e discriminatório dos obrigacionistas do Novo Banco, uma vez que alguns dos títulos agora emitidos são semelhantes aos que foram irregularmente retransferidos do Novo Banco para o Banco Espírito Santo no final de 2015”.

O Novo Banco concluiu hoje a emissão de 400 milhões de euros de dívida subordinada. O banco liderado por António Ramalho paga 8,5% na emissão de 400 milhões em dívida Tier 2.

O Novo Banco salienta no entanto que a operação foi concluída ao preço mínimo de 8,5%, “mas como houve uma larga adesão na troca de obrigações cupão zero de longo prazo (mais de 80%), o custo marginal para o Banco será cerca de 1/4 daquele valor”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.