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Funeral em Espanha provocou a infeção de mais de 60 pessoas com coronavírus

As famílias de quarentena estão a ser vigiadas pela polícia para serem obrigadas a cumprir o isolamento. Quem não cumprir, está sujeito a multas entre três mil euros e 600 mil euros.
7 Março 2020, 16h52

Um funeral realizado em Espanha provocou a infeção de mais de 60 pessoas com coronavírus. O funeral teve lugar em Vitoria-Gasteiz no País Basco, avança o El País. Até ao momento, este foi o evento em Espanha que provocou o maior número de contágios, com o país a registar 430 casos de contaminação e 10 mortos.

As autoridades ainda não apuraram se o contágio foi causado somente por uma pessoa ou mais, mas os primeiros dados apontam que uma pessoa que se encontra internada desde o passado domingo num hospital de Miranda de Ebro deverá ser quem contraiu o contágio há mais tempo.

Em causa, pode estar um caso de ‘supercontágio’, episódio causado por indivíduos ‘supercontagiadores’, pacientes infetados que, por várias razões, têm uma grande capacidade de propagar o vírus.

Dos infetados, 25 residem na província de Álava, País Basco, enquanto os restantes 38 residem na comunidade autónoma de La Rioja, nas localidades de Haro e Casalrreina. Vários dos pacientes estão já internados em unidades hospitalares, com outros em regime de quarentena.

As autoridades apontam que este episódio também está na origem do contágio de vários profissionais de dois hospitais de Vitoria-Gasteiz, levando 100 profissionais a entrar de quarentena.

Madrid é a comunidade de Espanha com maior número de casos, 137 no total, uma taxa de 2,05 casos por 100 mil habitantes, com La Rioja a registar uma taxa de 12,5 casos por 100 mil habitantes.

As famílias de quarentena estão a ser vigiadas pela polícia para serem obrigadas a cumprir o isolamento. Quem não cumprir, está sujeito a multas entre três mil euros e 600 mil euros.

“Estamos bem, trazem-nos comida, penso que ainda temos que estar aproximadamente uma semana aqui e queremos estar tranquilos, que o tempo passe para ir levando aos poucos a nossa vida normal”, disse uma das famílias em quarentena ao jornal La Rioja.

As autoridades de La Rioja garantem que os habitantes de Haro e Casalarreina não precisam de usar máscaras nem luvas, aconselhando os habitantes a prosseguirem a sua vida normal

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