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Garland antecipa crescimento das exportações têxteis nacionais para a Dinamarca com novo serviço de transporte

O novo serviço direto da Garland permitirá distribuir as mercadorias nacionais por toda a Dinamarca em cartões, pendurados ou paletes. Em sentido inverso, disponibiliza a recolha do mesmo tipo de carga e consolidação da mesma nos centros logísticos da Garland em Cascais e na Maia
10 Outubro 2020, 17h30

A empresa de logística Garland está a ancecipar um aumento de exportações do setor têxtil nacional para a Dinamarca e, nesse sentido, vai lançar no presente mês de outubro um novo serviço de transporte internacional para servir este mercado escandinavo.

Segundo um comunicado da empresa, a nova linha será efetuada em parceria com a EvoLog, considerada “uma das principais empresas de transportes da Turquia, com uma posição de destaque no transporte de têxteis e calçado, em caixas ou pendurados, para a Dinamarca”.

Para os responsáveis da Garland Portugal, este novo serviço “vem, não só dar resposta às importações de têxteis nacionais, como antecipar um provável crescimento das mesmas face à pandemia de Covid-19, que poderá impulsionar”.

“A Garland Transport Solutions, empresa de transportes do Grupo Garland, arranca em outubro com um novo serviço direto de e para a Dinamarca, em que os têxteis e calçado serão o principal alvo de transação. A empresa
portuguesa conta com o agente turco Evolog como parceiro internacional para o desenvolvimento desta linha, que envolve a sucursal da EvoLog na Dinamarca, localizada em Herning, onde está instalado o principal centro têxtil do país escandinavo. A Garland passa assim a dispor de um serviço direto com saídas às quintas e sextas-feiras e chegadas às terças e quartas-feiras. A distribuição de mercadorias nos principais pontos industriais dinamarqueses será assegurada em 24 horas”, esclare um comunicado da empresa logística nacional.

De acordo com  os responsáveis da Garland, “a aposta neste mercado resulta de uma oportunidade estratégica detetada pela Garland Transport Solutions, já que o novo agente dispõe de clientes na Turquia e na Dinamarca
que importam têxteis de Portugal”.

“Além disso, com a pandemia de Covid-19, a Garland antecipa uma transferência das encomendas deste tipo de produto do Oriente para Portugal, reconhecido internacionalmente pela qualidade e acessibilidade do seu
produto”, salienta o referido comunicado.

Giles Dawson, administrador do Grupo Garland, justifica a aposta da empresa no mercado dinamarquês: “Além de a Dinamarca ser um importante cliente do nosso país no setor têxtil e do calçado, numa altura de crise como a que enfrentamos, só antecipando as tendências poderemos manter-nos como um dos líderes nacionais nos
setores em que operamos”.

“Acreditamos que a pandemia provocará uma transferência das compras neste setor do Oriente para a Europa, incluindo para Portugal, onde este mercado é internacionalmente reconhecido”, defende o administrador do Grupo Garland.

A Garland destaca ainda que a parceira EvoLog neste novo serviço tem “um posicionamento que coincide com o da Garland, em que este setor tem um peso importante no volume de negócios das empresas de transportes e de logística do grupo português, bem como o de componentes para veículos, que é a segunda mercadoria que
Portugal mais exporta para a Dinamarca”.

“O novo serviço direto da Garland permitirá distribuir as mercadorias nacionais por toda a Dinamarca em cartões, pendurados ou paletes. Em sentido inverso, disponibiliza a recolha do mesmo tipo de carga e consolidação da mesma nos centros logísticos da Garland em Cascais e na Maia”, adianta o comunicado em questão.

Os responsáveis da Garland recordam que, segundo a Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, a Dinamarca ocupa uma posição com alguma relevância no contexto do comércio externo português.

No ano passado, o país posicionou-se com 20º cliente de Portugal (quota de 0,72% do total) e como 27º fornecedor (quota de 0,51%). A balança comercial de bens é favorável ao nosso país, que apresentou um saldo de cerca de 23 milhões de euros em 2019.

A estrutura das exportações é constituída fundamentalmente pelo calçado (21,3% do total em 2019), veículos e outro material de transporte (16,2%) e vestuário (11,7%). Do lado das importações, surgem destacados os produtos químicos (32,8% do total em 2019).

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