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Gás da Nigéria. Galp diz que “não é claro neste momento” se vai haver mais ruturas

A energética disse hoje não saber quando é que as “operações locais” de gás natural “serão restauradas”.
18 Outubro 2022, 11h27

A Galp disse esta terça-feira que não consegue avaliar nesta altura se vai sofrer mais ruturas de abastecimento de gás natural da Nigéria.

“A Galp está a monitorizar os desenvolvimentos na Nigéria”, disse fonte oficial da empresa ao JE. “Não é claro neste momento quando é que as operações locais serão restauradas ou se os impactos deste evento poderão resultar em ruturas adicionais de abastecimento para Galp”.

A Galp esteve hoje a perder mais de 5,5% na bolsa de Lisboa depois de ter anunciado que o fornecimento de gás natural a partir da Nigéria pode vir a ser interrompido. Agora segue a recuar 2,57% para 9,85 euros.

Na noite de segunda-feira, a companhia liderada por Andy Brown anunciou que a Nigeria LNG Limited, o seu maior fornecedor de gás natural, informou que, por motivos de força maior (cheias na Nigéria), a produção e abastecimento de gás natural liquefeito tinha sofrido uma “redução substancial”.

“Neste momento, nenhuma informação foi providenciada que apoie uma avaliação de impactos potenciais deste evento, que pode, contudo, resultar em cortes adicionais ao abastecimento da Galp”, segundo o comunicado da empresa.

A Galp disse também lamentar o “impacto humanitário” causado pelas cheias e que vai continuar a “monitorizar a situação atentamente, informando de qualquer desenvolvimento material”.

A force majeure é invocada num contrato quando tem lugar algum evento extraordinário (como guerras, motins, pandemia ou cheias) que obriga à interrupção do serviço. Esta cláusula prevista neste tipo de contratos impede que o cliente seja recompensado por perdas.

Em reação, também na noite de segunda-feira e menos de duas horas depois do comunicado da Galp, o ministério do Ambiente e da Ação Climática veio a público garantir que não tem nenhuma informação que possa existir corte de gás da Nigéria.

A tutela informou que “não existe neste momento qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria. Mesmo que tal acontecesse, não há escassez no mercado”.

O ministério de Duarte Cordeiro deixou mesmo críticas à Galp. “Qualquer informação alarmista é desadequada, ainda mais em tempos de incerteza global”.

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