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“Generg vai maximizar produção de energia renovável com a digitalização”

A digitalização é fundamental para gerir com maior eficiência a disponibilidade dos equipamentos da Generg na produção de energia renovável, seja hídrica, eólica ou solar, referiu a empresa na conferência promovida pelo JE, “Indústria Digital e Sustentável”.
7 Junho 2022, 14h50

“O aumento da digitalização tornará muito eficiente a gestão dos equipamentos disponíveis para a produção de energia renovável, gerada a partir de fontes hídricas, eólicas ou solar, o que será feito pela recolha de toda a informação captada nos próprios equipamentos, posteriormente trabalhada e processada de forma a que os parques electroprodutores da Generg concretizem todos os objetivos de sustentabilidade que lhes foram propostos”, referiu Carlos Oliveira, da Direção de Engenharia da Generg, na conferência “Indústria Digital e Sustentável”, promovida pelo Jornal Económico em parceria com a Schneider.

Carlos Oliveira explicou a relação entre o desenvolvimento do processo de digitalização e a aferição dos objetivos concretizados ao nível da sustentabilidade. “No nosso caso também utilizamos a digitalização para garantir a sustentabilidade dos processos através da criação da eficiência. A digitalização para nós permite-nos – essa é uma das missões do departamento de engenharia –, sensorizar mais os processos, sensorizar mais os equipamentos, ou seja, dotar os equipamentos com mais sensores para colhermos deles mais informação. Nesse campo temos tido vários apoios tecnológicos, entre os quais os da Schneider, que é um grande parceiro nosso nestes sistemas, para recolha e tratamento da informação”, diz Carlos Oliveira.

“Também aqui, conhecendo melhor os equipamentos, conhecendo melhor o que se passa nos equipamentos, conseguimos prever avarias, tendo uma atuação antes de haver problemas, substituindo e com isso sermos mais eficientes, com menor desperdício do kW produzido”, refere o responsável.

“O nosso objetivo final é a maximização da produção da energia mediante os recursos que temos disponível, O recurso renovável varia e não é constante, e por isso temos de aproveitar bem as alturas, as datas, as ocasiões em que ele aparece. Com isso, maximizamos a nossa produção sem desperdício e tendo os equipamentos disponíveis para que sempre que haja recursos eles possam entrar em modo ativo e produzam”, adianta.

“Tinha falado há pouco no centro de despacho, que centra este tipo de atividades e centra este tipo de informações; é um grande coletor de informações. Grande parte dos nossos centros electroprodutores, hídricos, eólicos ou solares, estão em regime abandonado, isto é, não têm propriamente pessoas físicas a controlar os seus processos”, refere.

“São centralizados através da aquisição de dados e as equipas de operação e manutenção apenas intervêm numa situação de emergência, ou de avaria, que resulta da necessidade de intervenção para disponibilizar os equipamentos. Mais uma vez, aqui a digitalização é este processo de adquirir informação que nos permita gerir o risco do sistema e da produção e maximizar a produção. De certa forma é aqui que nós atuamos”, explica Carlos Oliveira.

Para isso, “a sustentabilidade é uma grande ajuda. E muitas das vezes também é a resposta. A digitalização é resposta a uma certa falta de recursos sentida de alguns técnicos, sendo o que nos permite colmatar a escassez de recursos humanos nas intervenções que temos. Melhor: com os mesmos recursos que temos, otimizamos as nossas intervenções. Essencialmente é isso que a digitalização consegue”, remada o responsável.

Além de Carlos Oliveira, participaram nesta conferência Angel Garcia Bombín, Industrial Digital Transformation e Victor Moure, country manager da Schneider Portugal.

Foram dadas respostas às principais questões sobre o tema, designadamente, “em que ponto do processo de digitalização se encontram as empresas participantes”, “qual foi o impacto do processo de digitalização”, “quais são os principais objetivos de sustentabilidade propostos pelas empresas”, e “qual foi o contributo do processo de digitalização para o cumprimento desses objetivos de sustentabilidade”.

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