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Global Media: Marco Galinha avança com providência cautelar de arresto

A decisão terá sido tomada na semana passada, segundo o “Expresso”, e, a confirmar-se, poderá fazer com que a comissão executiva liderada por José Paulo Fafe seja afastada de funções.
11 Janeiro 2024, 18h47

Numa tentativa de assegurar os seus direitos na Global Media Group (GMG), na qual detém 17,59% do capital, o empresário Marco Galinha terá entrado, na semana passada, com uma providência cautelar. A notícia é avançada hoje pelo jornal “Expresso e, a confirmar-se, poderá levar ao afastamento da comissão executiva encabeçada por José Paulo Fafe.

De salientar que o fundo que gere o grupo de comunicação e o empresário que lidera o grupo Bel têm sociedade na empresa Páginas Civilizadas, tendo o fundo adquirido 51% da empresa de Marco Galinha.

Recorde-se que o empresário confirmou esta quinta-feira, em comunicado, que apresentou uma proposta que tem como objetivo “resolver no imediato algumas das situações mais urgentes”. Revelação que vai ao encontro da notícia do JE de que foi entregue uma nova proposta para a aquisição do “JN” e de “O Jogo”.

“Perante os deputados, foi assumida a minha disponibilidade para fazer parte da solução deste problema e, inclusive, transmitida a informação de que apresentei uma proposta que permitiria resolver no imediato algumas das situações mais urgentes, não tendo até ao momento obtido qualquer resposta”, de acordo com comunicado divulgado esta quinta-feira.

O JE avançou esta quinta-feira que o WOF recebeu uma proposta, também de um grupo de empresários nacionais, para a realização de um aumento de capital de pelo menos cinco milhões de euros, para estabilizar a tesouraria da empresa, em troca de uma participação de 51%.

Um grupo de empresários de que faz parte Marco Galinha apresentou ao World Opportunity Fund (WOF) uma proposta para comprar o “Jornal de Notícias” e “O Jogo”, por 12 milhões de euros, revelou o CEO da Global Media, José Paulo Fafe, na sua audição no Parlamento, na passada terça-feira à noite. José Paulo Fafe, que foi indicado pelo fundo WOF para a presidência executiva da Global Media, considerou que essa proposta não resolveria os problemas do grupo, que se encontra em graves dificuldades financeiras e com salários em atraso.

A proposta de 12 milhões de euros incluiria a passagem, para os compradores, da dívida fiscal de 6,9 milhões de euros (que está a ser paga em prestações ao abrigo de um plano de regularização), pelo que o encaixe líquido para a Global Media seria de cerca de cinco milhões de euros. Além disso, o grupo perderia o “JN”, que é o seu único jornal rentável, com um EBITDA na ordem de 1,5 milhões de euros.

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