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Goldman Sachs: crescimento da China com pouco impacto na Europa

A instituição reviu em alta o crescimento chinês – concentrado no consumo interno de bens não importados. Assim, o impacto na produção industrial europeia será moderado.
China
A surveillance camera is silhouetted behind a Chinese national flag in Beijing, China, November 3, 2022. REUTERS/Thomas Peter/File Photo
17 Outubro 2024, 10h11

Após o anúncio de várias medidas de estímulo à economia por parte da China, a equipa da Ásia da Goldman Sachs “elevou a previsão de crescimento em 2024 em 0,2 pontos percentuais (pp) para 4,9% e em 0,4 pp para 4,7% em 2025”.

O potencial das implicações para o crescimento na Europa é elevado, diz o banco num research: “estudos anteriores sugerem que o crescimento da China implica um pequeno impulso de crescimento de cerca de 0,1 pp e um efeito negligenciável sobre a inflação. Além disso, a composição do estímulo da China – com foco no apoio à atividade doméstica – aponta para repercussões mais limitadas que no passado”.

Por outro lado, diz ainda o research, os estímulos do governo chinês concentraram-se mais no consumo interno que nas exportações, pelo que as vantagens para a Europa serão, também por aí, limitadas. “No seu conjunto, a nossa análise sugere que o estímulo da China é limitadamente útil para as perspetivas de crescimento da Europa”.

Por outro lado, e dada “a persistente fraqueza dos dados da Zona Euro, deixámos a nossa previsão de crescimento inalterada em 1,1% para 2025, abaixo das perpetivas gerais e do Banco Central Europeu.

O crescimento da Zona Euro desiludiu este ano, especialmente na Alemanha. A nossa análise sugere que a desaceleração da procura na China e o aumento da concorrência” oriunda do antigo Império do Meio desempenhou um papel significativo na explicação da atividade industrial moderada na Europa

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