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Gonçalo Reis: “Vamos fazer o mais barato Festival da Eurovisão de sempre”

Eurovisão decorrerá em Lisboa, mas as edições do Festival da Canção dos próximos quatro anos serão fora da capital.
15 Outubro 2017, 19h03

O presidente do conselho de administração da RTP garante que Portugal vai organizar “o [Festival da] Eurovisão mais barato de sempre”, em 2018, em Lisboa, mas terá, mesmo assim, uma proposta criativa das mais interessantes jamais feitas, com capacidade para “projetar Portugal”.

Historicamente, segundo o investimento feito em cada uma das edições dos últimos 10 anos, o Festival da Eurovisão custa entre 25 e 40 milhões de euros ao país que o promove. Em declarações ao Jornal Económico, à margem da conferência promovida pelo International Club of Portugal (ICPT), onde foi orador convidado, Gonçalo Reis garantiu que a edição portuguesa ficará abaixo destes valores.

“Posso hoje afirmar que vamos fazer o Festival da Eurovisão mais barato de sempre e que estou crente que as nossas equipas criativas vão desenvolver um dos eurovisões mais interessantes de sempre”, disse.

Esta é a primeira vez que o Festival da Eurovisão se realiza em Portugal, depois de Salvador Sobral ter vencido a edição de 2017, em maio, em Kiev, na Ucrânia, com a canção “Amar pelos dois”. A canção, com letra e música de Luísa Sobral, irmã de Salvador Sobral, obteve 758 pontos na votação combinada dos júris nacionais e do público.

Gonçalo Reis explica que o projeto da RTP passa por apostar, primeiro, no Festival da Canção, que se realizará fora de Lisboa, enquanto as duas semifinais e a final do Festival Eurovisão da Canção de 2018 decorrerão no pavilhão MEO Arena, no Parque das Nações, em Lisboa, nos dias 8, 10 e 12 de maio.

“Começámos por apostar no Festival da Canção – que não queremos dissociar do Festival da Eurovisão”, diz o presidente da RTP, apontando: “Houve uma opção de fazer o festival da canção fora da capital, descentralizando. Depois de visitas técnicas, escolhemos Guimarães [para a próxima edição]. E assumimos o compromisso de nos próximos quatro anos todos os festivais da canção, onde escolheremos o representante português [para a Eurovisão], o próximo Salvador Sobral, serem sempre fora da capital”.

“Vamos percorrer o país e vamos dar oportunidade a várias cidades portuguesas de serem o palco do Festival da Canção”, disse.

Para o Festival da Eurovisão, está a ser desenvolvida uma ideia que ajude a projetar Portugal no exterior. “As nossas equipas criativas estão a desenvolver o conceito [para] transmitir a imagem de um Portugal contemporâneo, de um Portugal aberto ao mundo, de uma cultura de inclusão, de uma cultura de tolerância, de uma cultura positiva”, diz o gestor.

Reis defende que este “vai ser um projecto mobilizador para todas as indústrias criativas, para Lisboa e para Portugal”, que vai projetar o país e ajuda-lo “a surfar esta onda de grande notoriedade, esta onda positiva que o país como um todo está a ter, em termos de projecção internacional”, mas avisa que se trata de um acontecimento que extravasa a empresa.

“O [Festival da] Eurovisão é um espectáculo, é um evento que ultrapassa a RTP. A RTP tem todas as condições para produzir um grande evento de televisão, para promover as nossas indústrias criativas, a indústria do entretenimento”, afirma.

“Agora, o [Festival da] Eurovisão é algo que envolve a cidade, o turismo, todo o país”, conclui.

 

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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