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Google vai assinar código de prática europeu para a inteligência artificial

A Google considera que a Europa tem um “potencial de ganho significativo” com a IA calculando que o continente tem o “potencial de impulsionar a sua economia em 8% (ou 1,4 biliões de euros) anualmente até 2034”. Apesar de assinar o Código a empresa tecnológica alerta que “continua preocupada” com o risco de a Lei e o Código da IA “atrasarem o desenvolvimento e a implementação” da IA na Europa. Este código tem divido empresas. Microsoft e OpenAI assinam. A Meta recusa assinar o documento e mais de 40 empresas europeias pediram à União Europeia que adiasse a Lei e o Código ligado à IA por dois anos.
30 Julho 2025, 15h42

A Google (detida pela Alphabet) anunciou, esta quarta-feira, que vai assinar o código de prática para a inteligência artificial (IA) elaborado pelas instâncias europeias embora tenha deixado alguns alertas.

“Vamo-nos juntar a várias outras empresas, incluindo fornecedores de modelos norte-americanos, na assinatura do Código de Práticas de IA da União Europeia. Fazemo-lo com a esperança de que este Código, tal como aplicado, promova o acesso dos cidadãos e das empresas europeias a ferramentas de IA seguras e de qualidade, à medida que estas se tornem disponíveis. A sua implementação rápida e generalizada é importante”, afirma a Google.

Refira-se que o AI Act, o código legal europeu para a AI e o código de prática para a IA tem dividido várias empresas. Há cerca de duas semanas A Meta liderada por Mark Zuckerberg, confirmou que não vai assinar o código de prática para a inteligência artificial (IA) da União Europeia (General-Purpose AI Code of Practice, ou GPAI, na denominação inglesa), que foi publicado a 10 de julho. Mais de 40 empresas europeias (entre as quais ASML, Philips, Siemens, Airbus) já tinham apelado à Comissão Europeia no sentido de adiarem por dois anos este código bem como o AI Act, o código legal europeu para a IA. O ‘sim’ reúne empresas como a Microsoft, de Satya Nadella e a OpenAI, de Sam Altman.

Google diz que IA deve impulsionar economia europeia em 8% ao ano

A Google, liderada por Sundar Pichai, considera que a Europa tem um “potencial de ganho significativo” com a IA calculando que o continente tem o “potencial de impulsionar a sua economia em 8% (ou 1,4 biliões de euros) anualmente até 2034”.

A Google considera que a versão final do Código de Prática de AI, da União Europeia, “está mais próxima” de apoiar os objetivos económicos e de inovação da Europa do que quando começou. Apesar da empresa tecnológica agradecer a oportunidade que teve de apresentar contributos para este documento a Google diz que “continua preocupada” com o risco de a Lei e o Código da IA “atrasarem o desenvolvimento e a implementação” da IA na Europa.

“Em particular, os desvios da legislação de direitos de autor da União Europeia (UE), as medidas que atrasem as aprovações ou os requisitos que exponham segredos comerciais podem prejudicar o desenvolvimento e a implementação dos modelos europeus, prejudicando a competitividade da Europa”, avisa a Google.

A tecnológica mostrou o seu empenho em trabalhar com o Gabinete de IA europeu com o objetivo de “garantir que o Código de Prática de IA “é proporcional e responsivo” à evolução rápida e dinâmica da IA.

“E seremos uma voz ativa no apoio a uma abordagem pró-inovação que conduza a futuros investimentos e inovações na Europa, beneficiando todos”, reforça a empresa tecnológica.

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