O Ministério do Ambiente e Energia lançou um concurso com um investimento de 99,75 milhões de euros, com o objetivo de instalar pelo menos 500 megawatts (MW) de capacidade de armazenamento de energia na rede elétrica nacional até ao final de 2025.
Inserida no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a iniciativa visa a promoção da flexibilidade e armazenamento na rede e vai permitir o financiamento de até 30 milhões de euros mediante projetos elegíveis.
A informação foi divulgada por aquele Ministério, num comunicado em que se adianta que está em causa a “crescente necessidade de otimizar e gerir a rede elétrica de forma flexível, especialmente à luz da atual conjuntura geopolítica e seus impactos no mercado energético”, pode ler-se.
De referir que a capacidade de gerar energia em Portugal ronda os 22 gigawatts (GW), enquanto o consumo atingiu 10 GW em 2021, de acordo com os dados divulgados.
Com esta medida, o Governo visa assegurar a “segurança, fiabilidade e sustentabilidade do sistema energético português”. O objetivo engloba também a possibilidade de armazenar o excedente de energia renovável quando a oferta é superior à procura, assim como a sua utilização quando a procura aumenta.
Neste contexto, o concurso “contribui para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, integrar mais energias renováveis na rede, diminuir as emissões de gases com efeito de estufa e promover um mercado energético mais eficiente e competitivo”, de acordo com a informação descrita no comunicado.
De acordo com a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, este é “um passo significativo no caminho para a independência energética de Portugal e para a construção de um futuro energético mais verde e sustentável”, salienta.
O concurso vai ao encontro do Regulamento do Sistema de Incentivo às Empresas “Flexibilidade da Rede e Armazenamento”, que foi aprovado pela mesma ministra e corresponde ao Regulamento Europeu 2023/435, que reforça o REPowerEU, com o objetivo de acelerar a transição para um sistema energético mais limpo e sustentável, esclarece o mesmo documento.
O prazo para as candidaturas decorre até ao dia 2 de setembro.
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