O Governo solicitou esta sexta-feira à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) uma investigação sobre a alegada falha de segurança numa viagem de avião para Caracas, que motivou acusações internacionais de conivência do Executivo e da TAP com uma tentativa de entrada de explosivos em território venezuelano.
“Face às declarações das autoridades venezuelanas referindo uma alegada falha de segurança num voo com origem em Lisboa, o ministro da Administração Interna determinou à IGAI a realização de uma averiguação para apuramento dos factos”, informa o gabinete de Eduardo Cabrita, em comunicado divulgado esta manhã.
Em causa está o facto de o governo de Nicolás Maduro considerar que a companhia aérea portuguesa violou os “padrões internacionais” ao ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade do líder da oposição, Juan Guaidó, num voo para Caracas.
O presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, referiu ontem que as autoridades locais prenderam o tio de Juan Guaidó, Juan José Márquez, quando chegou ao Aeroporto de Maiquetia, por alegadamente ter transportar explosivos e coletes à prova de bala na viagem que ligou as capitais portuguesa e venezuelana – realizada pela transportadora aérea portuguesa.
Diosdado Cabello diz que o tio do autoproclamado presidente da Venezuela trazia “material muito perigoso dentro do avião” que seria utilizado em “operações desestabilizadoras na Venezuela”, entre o qual “lanternas táticas, que continham no interior, no compartimento das pilhas, substâncias químicas de natureza explosiva, presumivelmente explosivo sintético C4”.
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