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Governo admite acabar com limites de lotação nos transportes públicos

Pedro Nuno Santos referiu ser “impossível” controlar o número de viajantes e apontou que Portugal é “dos poucos países da Europa” onde há restrições à lotação dos transportes públicos
  • Pedro Nuno Santos
17 Julho 2020, 11h20

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, revelou que o Governo assume acabar com as limitações à lotação nos transportes públicos, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo

“É difícil controlar a lotação num comboio, por exemplo, de Sintra, que leva duas mil pessoas, que tem vinte e tal portas, quatro plataformas na estação. Não conseguimos controlar, é impossível”, apontou Pedro Nuno Santos.

“Temos de equacionar isso, porque, de outra forma, vamos ter problemas sérios de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa”, garantiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Para justificar a sua posição, Pedro Nuno Santos referiu a existência de “estudos internacionais [que] vão nos mostrando que não é esse o problema” e indicou como exemplo os funcionários da CP que “trabalham diariamente dentro de comboios”, destacando que, num universo de cerca de dois mil trabalhadores, até ao momento, foram contabilizados apenas “três infetados”.

Durante a entrevista, Pedro Nuno Santos sublinhou ainda que Portugal é “dos poucos países da Europa” onde há restrições à lotação dos transportes públicos e comparou a abordagem portuguesa com a de outras capitais europeias “onde há uma intensidade de utilização de transporte urbano muito maior”.

“Aquilo que nós temos de fazer é garantir que as pessoas todas [as pessoas] usem máscara e garantir a higienização diária, sempre que possível, mais do que uma vez, dos comboios”, assegurou o ministro das Infraestruturas e da Habitação.

Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, também comentou a situação dos transportes públicos, durante audição, a 16 de julho.

“Nós temos de nos habituar à ideia de conviver com um determinado nível de risco e de nos proteger para esse risco. Eu acho que nós, realmente, temos de nos preparar nesse sentido e a questão dos transportes é evidente”, referiu Duarte Cordeiro

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