O Governo aprovou em Conselho de Ministros o plano de emergência para saúde que será composto por 50 medidas e dividido em cinco eixos estratégicos, tal como anunciou o primeiro-ministro, Luís Montenegro no briefing realizado esta quarta-feira e que contou com a presença da ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
“Sabemos que é um ponto de partida problemático. Há vários problemas nos últimos anos que têm provocado um aumento da desigualdade social e que ficam prejudicados que para além do SNS têm meios económicos para aceder a outras respostas”, começou por dizer o primeiro-ministro, salientando que este será focado em cinco eixos estratégicos.
Uma resposta a tempo e horas no combate às listas de espera, com prevalência na oncologia e menos tempo de espera para consultas e cirurgias.
O foco na segurança dos bebés e mães, com um encaminhamento em segurança de todas as grávidas, através da criação de um canal direto alavancando na linha SNS24 (SNS Grávida).
Uma requalificação dos serviços de urgência, para uma maior celeridade no atendimento aos cidadãos, requalificando as infraestruturas dos serviços de urgência geral.
O quarto eixo prende-se com a aaúde próxima e familiar para que os 1.700 milhões de cidadãos sem médico de família possam ser atendidos, atribuíndo médicos de família e um reforço da resposta pública aos cuidados de saúde primários. “Não queremos que ninguém deixe de ser atendido”, referiu Luís Montenegro.
Por fim, o quinto eixo anunciado pelo primeiro-ministro tem como ponto a saúde mental. “É nesta área uma necessidade transversal. Vamos procurar contratar mais psicólogos e dar mais oferta para a saúde mental”, realçou.
“Não temos nenhuma pretensão de vender a ilusão que nos próximos meses todos os problemas do SNS vão ser resolvidos. Há muita coisa que só se resolve com tempo. Também dizemos que muitas outras e todas as que estão ao nosso alcance vão ter uma resposta urgente e imediata”, sublinhou o primeiro-ministro.
O plano de emergência para a saúde foi desenhado por um grupo de 13 peritos nomeados pela ministra da Saúde, coordenado pelo médico e ex-presidente do Infarmed, Eurico Castro Alves. Além de Eurico Castro Alves, integram o grupo, entre outros, Alberto Caldas Afonso, pediatra e diretor do Centro Materno-Infantil do Norte; Catarina Baptista, administradora hospitalar que foi vogal da anterior administração liderada por Ana Paula Martins à frente do Hospital de Santa Maria, e João Gouveia, diretor do serviço de Urgência Central da Unidade Local Saúde de Santa Maria.
Este grupo está também responsável pela elaboração do Plano de Verão, para preparar a resposta do Serviço Nacional de Saúde nestes meses em que há mais constrangimentos.
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