[weglot_switcher]

Governo baixa impostos mas cobra “antes de OE2025 entrar em vigor”, diz Ventura

De acordo com o deputado, a redução dos impostos diretos é colmatada pelo aumento dos indiretos, antes ainda de o OE2025 ser aprovado. Neste contexto, “o descongelamento da taxa de carbono paga mais do que o IRS Jovem”
28 Outubro 2024, 16h53

“Assim fica fácil fazer um Orçamento em que anunciamos descidas de impostos, se os cobrarmos antes de o Orçamento entrar em vigor”, atirou André Ventura, na audição do Ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

A audição está a decorrer na Assembleia da República e incide sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). O presidente do Chega apontou baterias ao Governo, deixando o alerta de que “só o descongelamento da taxa de carbono”, que já está em vigor, “paga mais do que o IRS Jovem”, apresentado pelo Governo como uma das medidas mais importantes no documento.

André Ventura assinalou que “o Governo desce o IRS e o IRS Jovem, mas vai buscar o dinheiro numa série de outros impostos indiretos”, entre os quais aqueles que incidem sobre álcool e tabaco, em variações que foram amplamente criticadas pelo presidente do Chega. O próprio apontou ainda para a receita prevista relativamente a multas de trânsito, que ascende a 100 milhões de euros.

Com o Governo a antever uma redução na receita com impostos diretos, mas um aumento ao nível dos impostos indiretos, Ventura reitera que “para quem vai às compras, é exatamente a mesma coisa.”

Na mesma ótica, lembrou que o Governo prevê um aumento de 22% ao nível do ISP, para 753 milhões de euros.

O líder do Chega recordou ainda que o partido vai apresentar, na discussão na especialidade, uma proposta de redução do IRC em dois pontos percentuais, para 19%. Questionado sobre qual será o voto da bancada parlamentar do PSD, não obteve uma resposta do ministro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.