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Governo chinês torna obrigatório o uso de reconhecimento facial nas telecomunicações

A China já tem um dos serviços mais completos de reconhecimento facial do mundo, através de milhares de câmaras de segurança espalhadas pelo país, e com a nova medida reforça o controlo à população.
Reuters
2 Dezembro 2019, 10h54

Com a justificação de querer combater a fraude no uso das telecomunicações, a China acaba de implementar uma medida que obriga todos os novos utilizadores de serviços telefónicos a usarem o reconhecimento facial.

Esta tecnologia não só serve para desbloquear o dispositivo, mas também para ativar o tarifário e poder fazer e receber chamadas, segundo a Reuters.

A China já tem um dos serviços mais completos de reconhecimento facial do mundo, através de milhares de câmaras de segurança espalhadas pelo país, e com a nova medida reforça o controlo à população.

A reação popular não foi conclusiva, à exceção de algumas críticas, anónimas, na plataforma Weibo (equivalente ao Twitter). Entre os escassos debates, há quem afirme que a medida é indispensável para combater as fraudes nas telecomunicações, mas também há quem esteja preocupado com a privacidade e o aumento do controlo do governo chinês.

O software de reconhecimento facial já é bastante utilizado na China, desde os aeroportos ao metro, supermercados e até locais de lazer como zoológicos, todos utilizam esta tecnologia para interagir com a população, até a polícia “de rua” chinesa anda equipada com uns óculos especiais que, através de câmaras junto às lentes, consegue fazer o reconhecimento facial de determinados cidadãos, substituindo assim os cartões de identificação “tradicionais”.

O aumento do uso desta tecnologia é algo que o governo chinês tem nos seus planos a médio e longo prazo, tendo já anunciado que o sistema de ensino nacional vai ser o próximo a sofrer uma reestruturação para incluir o software de reconhecimento facial.

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