O governo da Catalunha decidiu esta sexta-feira adiar as eleições para o Parlamento catalão, que estavam marcadas para o próximo dia 14 de fevereiro – sendo o ato transferido para 30 de maio seguinte.
O executivo explicou esta tarde a decisão, depois de ter chegado a um consenso amplo com os distintos partidos nas várias reuniões entre o executivo e os mesmos, adiantou ao JE fonte oficial do governo da Catalunha.
O executivo catalão – liderado interinamente por Pere Aragonès (da Esquerda Republicana da Catalunha) tem trabalhado nos últimos meses para estabelecer protocolos e ações para organizar as eleições tendo como um dos objetivos “garantir o direito a voto de todos os cidadãos, minimizar o risco sobre a saúde e assegurar a legitimidade do processo”.
Por exemplo, o executivo decidiu a criação de faixas horárias recomendadas de votação: 9-12h para os setores de risco, 12-18h para o resto de cidadãos e 18-20h para pessoas positivas e contactos das mesmas.
Apesar das medidas, o executivo tomou a decisão de adiar as eleições “tendo em conta critérios unicamente epidemiológicos, em previsão de um pico de contágios a poucos dias do início da campanha eleitoral e um pico de pressão hospitalária nos dias anteriores à votação”, disse a mesma fonte.
O governo catalão tem como principais objetivos “minimizar o risco sobre a saúde e garantir o direito a voto de todos os cidadãos assim como assegurar a legitimidade do processo eleitoral”. Perante um hipotético mas previsível aumento da abstenção pelo receio dos cidadãos em relação ao contexto sanitário, “põe-se em causa a legitimidade do processo”.
Neste sentido, o vice-presidente do governo da Catalunha, Pere Aragonès, sublinha que “adiamos as eleições para o próximo dia 30 de maio para minimizar o risco epidemiológico e garantir que o processo eleitoral possa celebrar-se com uma alta exigência de qualidade democrática”.
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