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Governo de Cabo Verde aplaude “dinamização do crédito bancário” para privados

No entanto, o executivo cabo-verdiano considera que ainda existe um longo caminho a percorrer para promover uma “abertura completa” da banca o aumento do crédito, sobretudo para as PME.
23 Abril 2019, 10h00

O governo de Cabo Verde considera que a redução homóloga das taxas de juros praticadas pela banca cabo-verdiana, de 1,89% em março, é consequência das medidas de promoção e melhoria do ecossistema de financiamento à economia.

“As medidas de promoção e melhoria do ecossistema de financiamento à economia vêm produzindo frutos, com a clara dinamização do crédito bancário ao setor privado. Além do aumento do stock de crédito concedido ao setor privado, houve uma melhoria significativa na redução das taxas de juros”, lê-se na página oficial do executivo.

O governo liderado por Ulisses Correia e Silva aponta que, no âmbito do ecossistema de financiamento à economia de março de 2018 a março de 2019, foram concedidos mais de 430.000 contos de crédito (cerca de 3,9 milhões de euros) ao setor privado (ver quadro abaixo), a uma taxa média de 7,89% – uma percentagem que, no ano passado, se situava em 8%.

Para o governo, toda esta dinâmica irá melhorar de “forma significativa os investimentos privados que, consequentemente, irão contribuir para o aumento do emprego e rendimento à economia”. No mesmo documento é referido que o protocolo assinado com os representantes dos privados e os bancos comerciais melhorou as condições de todos os players do sistema financeiro, com melhoria evidente na confiança dos bancos, no que tange à concessão de crédito.

“São os próprios bancos que confirmam a melhoria no ambiente de negócios” aponta o governo, pois são estas instituições financeiras que dizem que “o protocolo do ecossistema se apresenta como um instrumento adicional e supletivo para fortalecer o financiamento da economia” e que isso está espelhado na evolução dos indicadores de crédito concedido a empresas e pequenos negócios.

“A evolução muito positiva do crédito concedido a empresas e pequenos negócios resulta do contexto económico criado pelos diferentes stakeholders, sendo muito relevante o impulso prestado pelo governo, com a criação do protocolo e a sua divulgação, enquanto instrumento complementar de fomento do financiamento à economia e ao setor privado”, defende o executivo.

Para o governo, a base para a melhoria do ambiente de negócios já está lançada, mas ainda existe um longo caminho a percorrer de forma a promover uma “abertura completa do setor bancário na promoção dos investimentos privados, através do aumento do crédito, sobretudo às pequenas e médias empresas [PME]”.

Para isso a governo refere que a sociedade Pró-Empresa está no terreno a identificar os projetos e os promotores e a facilitar o acesso ao financiamento e ainda melhorar a capacidade e abrangência das empresas prestadoras de serviço financeiros e estimular o surgimento das fintech.

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