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“Governo diz que está a negociar”. Forças de Segurança manifestam-se devido à taxa de pagamento em parques de estacionamento nos aeroportos

Forças de segurança “sempre tiveram avenças gratuitas para estacionar” e associação aponta que a medida da empresa aeroportuária afeta “todos os funcionário que trabalham nos aeroportos” da ANA. Medida do Governo prevê o adiamento dos parques de estacionamento dos aeroportos junho.
  • Cristina Bernardo
19 Fevereiro 2021, 12h06

Um conjunto de Forças e Serviços de Segurança manifesta-se, esta sexta-feira, devido às taxas de pagamento que vão ter de pagar nos aeroportos. Das fontes contactadas pelo Jornal Económico (JE), foi possível saber que a concentração é uma forma de pressionar o Governo, mas também a empresa aeroportuária ANA a tomarem uma posição sobre o assunto.

A manifestação reúne a Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira APIT, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Associação Dos Profissionais Da Guarda (APG) e Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SIC-SEF) e começou às 11h00 nos Aeroportos Internacionais de Lisboa, Porto e Faro.

“Isto é uma iniciativa que tem que ver com todas as entidades que trabalham nos aeroportos que pertencem ao estado que vai desde a policia à GNR, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Autoridade tributária, dos funcionários do IPMA”, explicou ao JE Carlos Oliveira, dirigente da ASPP sobre a concentração.

Carlos Oliveira recorda que as forças de segurança “até hoje sempre tiveram avenças gratuitas para estacionar” e reconhece que a medida da empresa aeroportuária afeta “todos os funcionário que trabalham nos aeroportos”. “O Governo diz que está a negociar, mas não temos respostas”, assegura.

Por sua vez, Nuno Barroso, presidente da APIT considerou, ao JE, a decisão da ANA em cobrar parque de estacionamento às forças de segurança “de absoluto desrespeito para com o próprio estado”. “Ainda ontem a ANA disse que pretendia equiparar as condições para o Estado ou para as estruturas do Estado com aquelas que são propostas das outras entidades de laboram em aeroportos. Esqueceram-se que estão a comparar alhos com bugalhos”, refere.

“Neste momento é lamentável que quer o ministério da Administração Interna, quer o ministério das Finanças não tenham já feito todo o possível para resolver esta situação de forma definitiva”, apontou Nuno Barroso. A solução do Governo até ao momento, depois de se reunir com as diferentes associações, foi a de adiar o pagamento de avenças até junho.  “Não podemos continuar à espera que entidades privadas atuem desta maneira”, assegura.

Na perspetiva de Carlos Oliveira, a decisão da empresa aeroportuária em cobrar parque de estacionamentos poderá dever-se a “alguns prejuízos” que a ANA tem. Assim sendo, segundo o dirigente da ASPP a empresa vê todas as oportunidades “como forma de receber” dinheiro.

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