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Governo diz que vai renovar o estado de emergência daqui a duas semanas

O ministro da Administração Interna apelou aos portugueses e aos líderes parlamentares que não desistam . “É necessário continuar a fazer a diferenciação que desde sempre foi feita na adoção de medidas”, disse Eduardo Cabrita na votação para o novo estado de emergência.
  • Manuel de Almeida/LUSA
20 Novembro 2020, 10h48

O ministro da Administração Interna encerrou o debate, desta sexta-feira na Assembleia na Republica, dizendo ser “fundamental que a adesão exemplar, o sentido cívico, que os portugueses demonstraram seja acompanhada pela sintonia dos órgãos de soberania”.

Foi por isso que o Governo emitiu um parecer favorável à proposta de decreto do Presidente da República. Desta maneira, Eduardo Cabrita elogiou os mais de “90%” dos deputados que não se vão opor à aprovação do decreto, “uma posição que se traduz na viabilização do segundo período do estado de emergência”.

“Esta será uma batalha longa, pela liberdade, saúde e pela vida”, afirmou, acrescentando que a última reunião com o Infarmed deu conta de que “é óbvio que a sustentabilidade, persistência e adequação de medidas que efetivamente reduzam o contágios, contactos condutores desses contágios, permitam uma resposta que se traduza numa sustentada redução dos casos, internamentos e óbitos”.

Mais sete milhões de casos acresceram aos 50 milhões e mais 110 mil vidas foram perdidas um pouco por todo o mundo desde que o Parlamento votou pela primeira vez o estado de emergência, argumentou Eduardo Cabrita.

Face aos alertas dados pelo Infarmed, na reunião desta quinta-feira, que informam que nos próximos dias antecipa-se que se atingem níveis “extremamente elevados” de casos confirmados e um nível “muito preocupante de óbitos”, o ministro da Administração Interna apela aos portugueses e aos líderes parlamentares que não desistam .

“É necessário continuar a fazer a diferenciação que desde sempre foi feita na adoção de medidas”, disse, referindo ainda que a corrida à vacina que cria um “quadro de esperança”, mas por agora é preciso agir.

O responsável sublinha ainda que a pandemia “não suspende a democracia”, pede “responsabilidade” de todas as instituições e a “mobilização” de toda a sociedade e instituições, saindo em defesa da realização do congresso do PCP, indiretamente, dizendo que o estado de emergência não pode proibir direitos políticos e sindicais.

E, no fim, garantiu: “daqui a duas semanas cá estaremos outra vez a renovar o estado de emergência”.

As declarações surgem numa altura em que a Assembleia da República debate hoje, com a presença do primeiro-ministro, António Costa, o projeto de decreto presidencial que renova o estado de emergência, documento que volta a permitir o confinamento compulsivo.

Mais tarde, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer uma comunicação ao país, pelas 20h00, na sequência da votação no parlamento do seu decreto que renova o estado de emergência.

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