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Governo açoriano discute hoje plano de contingência para eventual vaga de deportações proveniente dos EUA

A apresentação deve ser feita pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, durante uma reunião prevista para Ponta Delgada do Conselho do Governo, como já tinha adiantado ao Jornal Económico, fonte oficial do executivo açoriano.
23 Janeiro 2025, 07h00

O Governo Regional dos Açores reúne-se em Conselho de Governo esta quinta-feira e na ordem de trabalhos está incluída a discussão daquele que será o plano de contingência do Governo açoriano para a eventualidade de existir uma vaga de deportação, de açorianos, dos Estados Unidos, na sequência da tomada de posse de Donald Trump como presidente norte-americano.

A apresentação das ideias que podem estar integradas neste plano de contingência deve ser feita pelo Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades, Paulo Estêvão, durante uma reunião prevista para Ponta Delgada do Conselho do Governo, como já tinha adiantado ao Jornal Económico, fonte oficial do executivo açoriano.

“Perspectiva-se para os próximos tempos a inclusão de contributos de outras forças políticas, num processo que o Governo pretende que seja de unidade regional”, confirma fonte oficial do Executivo açoriano.

Paulo Estevão já tinha referido, na semana passada, que o Governo Regional dos Açores se encontrava a preparar um plano de contingência para um cenário de eventuais deportações de cidadãos açorianos, que estivessem ilegais nos Estados Unidos, conforme referiu o governante ao jornal “Público“. Este plano incluía áreas como, por exemplo, a saúde, a habitação, o emprego, e a segurança social, como referiu a mesma publicação.

De acordo com a Associação de Emigrantes Açorianos, no primeiro mandato de Donald Trump existiram menos deportações de açorianos face aos mandatos de Barack Obama e de George Bush, confirmou a dirigente da associação ao Jornal Económico.

O maior número de deportações ocorreu nos mandados de George Bush e de Barack Obama, entre 1997 e 2013, com mais de 800 açorianos a terem que sair do país.

Um estudo do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, de 2012, referia que entre 1987 e 2012 (primeiro trimestre) existiram 1.175 casos de deportações de açorianos que estavam nos Estados Unidos e no Canadá.

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