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Governo “lamenta as declarações” do autarca de Viseu sobre o IP3

Almeida Henriques exigiu um pedido de desculpas do primeiro-ministro aos viseensess “por os ter enganado” devido ao atraso nas obras de requalificação da estrada que liga o distrito de Viseu a Coimbra.
  • Cristina Bernardo
14 Junho 2019, 16h15

O Governo veio a público lamentar as declarações do autarca de Viseu sobre a requalificação e duplicação da estrada IP3, cuja conclusão está prevista para 2021.

“O Governo, através do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, lamenta as declarações do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Viseu, sobre a requalificação e duplicação do IP3”, segundo um comunicado do ministério das Infraestruturas e da Habitação divulgado esta sexta-feira, 14 de junho.

O edil Almeida Henriques (PSD) exigiu um pedido de desculpas do primeiro-ministro António Costa aos viseensess “por os ter enganado” devido ao atraso nas obras de requalificação da estrada que liga o distrito de Viseu a Coimbra.

“Se os técnicos das Infraestruturas de Portugal disseram que o projeto estará concluído na melhor das hipóteses em finais de 2021, isto preocupa muito porque é daqui a dois anos e depois é preciso lançar o concurso e adjudicar. E vamos dizer que lá vai mais uma legislatura à vida e nós a penarmos e a sermos mais uma vez enganados”, disse o autarca citado pelo Jornal do Centro.

Em reação a estas declarações, a tutela de Pedro Nuno Santos disse que o Governo e o primeiro-ministro “não se preocupam menos com os viseenses do que o sr. presidente da câmara. Foi, aliás, com este executivo que se passou da promessa à realidade, no que à requalificação e duplicação do IP3 diz respeito”.

“Se até 2015 só havia intenções, com este governo, e este Primeiro-Ministro, passou-se à ação. Iniciou-se e desenvolveu-se todo o processo que permitirá, finalmente, acabar com os “anos de sacrifícios” das populações”, pode-se ler no comunicado da tutela.

“O momento escolhido pelo Sr. Presidente da Câmara para fazer estas declarações coincide precisamente com o início das obras, há tantos anos reivindicadas e adiadas. A importância da via para o dia-a-dia das populações implica que a obra seja feita de forma faseada, como, aliás, é do conhecimento do sr. presidente da câmara”, afirma o Governo.

Segundo a tutela, “enquanto decorrem as obras no troço entre o nó de Penacova e o nó da Lagoa Azul, em paralelo estão a ser executados todos os procedimentos necessários para o restante traçado. Todo o processo está a desenrolar-se da maneira mais célere possível dentro do quadro legal vigente, que impõe prazos que têm de ser naturalmente cumpridos”.

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