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Governo prepara-se para novos apagões: mais energia em reserva

O Governo português vai apresentar no próximo dia 28 de julho um plano estratégico nacional com medidas concretas para reforçar o sistema elétrico, prevenir novos apagões e garantir a estabilidade da rede durante picos de consumo, como os registados nas recentes ondas de calor.
10 Julho 2025, 17h09

O Governo português vai apresentar no próximo dia 28 de julho um plano estratégico nacional com medidas concretas para reforçar o sistema elétrico, prevenir novos apagões e garantir a estabilidade da rede durante picos de consumo, como os registados nas recentes ondas de calor.

A informação foi avançada pela Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, que destacou que, apesar de o relatório final sobre o apagão de 28 de abril ainda não estar concluído, o Governo está já a atuar de forma preventiva com foco na resiliência do sistema energético nacional.

“Estamos a preparar um conjunto de medidas para apresentar dia 28 de julho, embora ainda não tenhamos o relatório final com as causas do apagão”, afirmou a ministra em conferência de imprensa.

Armazenamento e modernização da rede: os pilares do plano

O plano prevê:

  • Reforço da capacidade de armazenamento de energia, através de tecnologias químicas (baterias) e soluções hidroelétricas (barragens);
  • Modernização dos sistemas de controlo da rede elétrica, com a criação de uma plataforma única para recolha e gestão de dados, aumentando a inteligência e eficiência da rede;
  • Medidas preventivas para enfrentar o aumento do consumo elétrico, associado ao uso de ar condicionado durante períodos de calor extremo;
  • Reforço da resposta operacional da REN e da E-REDES, para garantir estabilidade e segurança do fornecimento;
  • Coordenação interministerial para prevenção de incêndios, num esforço articulado de proteção das infraestruturas energéticas em contextos de risco climático.

Uma resposta estratégica para um sistema energético mais robusto

A iniciativa surge num momento em que o país enfrenta desafios crescentes no setor energético, agravados pelas alterações climáticas e pela necessidade de integrar mais fontes renováveis na rede. O Governo quer assegurar que o sistema esteja preparado para responder com eficácia a situações críticas e para garantir a segurança energética da população. A estabilidade do sistema exige não só investimento público, mas também maior literacia energética e transparência no acesso à informação sobre fornecedores, tarifas e consumo, tendência registada por parte dos portugueses que já é apoiada por plataformas que facilitam a comparação de ofertas no mercado de energia. 

O novo plano será um marco estratégico na transição energética portuguesa, alinhando-se com os objetivos de descarbonização e modernização das infraestruturas nacionais.

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