O primeiro-ministro Luís Montenegro aproveitou o lançamento da primeira pedra para a construção do Hospital de Lisboa Oriental, que será designado de Hospital de Todos-os-Santos, para anunciar que a prioridade do Governo passa agora pelo lançamento de quatro obras no âmbito da saúde.
“Tentaremos nesta legislatura assegurar todos os procedimentos com vista à construção do novo hospital de Barcelos, do novo hospital universitário do Algarve, do novo hospital do Oeste e da ampliação e requalificação do hospital de Beja. Estas são as próximas quatro prioridades”, garantiu o primeiro-ministro esta segunda-feira.
O governante começou por referir que o Executivo quis aproveitar a verba do Plano de Recuperação e Resiliência: “Não desperdiçámos aquilo que o Plano de Recuperação e Resiliência hoje nos possibilita, temos obrigação de cumprir”.
Na sua intervenção na cerimónia, o primeiro-ministro reiterou que este Governo “não tem estigmas” quanto à prestação de cuidado de saúde.
“Lá onde o Serviço Nacional de Saúde (SNS) não tem capacidade de responder melhor, mais depressa, nós vamos à procura dessa resposta no setor privado e no setor social”, disse.
“Mas não se enganem, este não é um Governo liberal do princípio até ao fim, este é um Governo social-democrata e democrata-cristão e é um governo que não tem dúvidas: a estrutura do sistema de saúde é o SNS e está provado que o SNS tem capacidade para ser essa estrutura, esse esteio principal”, disse.
A primeira pedra do Hospital de Lisboa Oriental é lançada esta segunda-feira, 7 de outubro, e a construção vai oficialmente avançar, após vários anos de interrogações. O anúncio já tinha sido feito pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate quinzenal, sendo que a ministra da Saúde confirmou o mesmo em comunicado durante o fim de semana, marcando a sua presença no arranque dos trabalhos.
Aquele que se vai chamar Hospital de Todos-os-Santos será construído em Marvila, em zonas já definidas. A infraestrutura vai assentar numa área de 180 mil m², num investimento total de 732 milhões de euros, estando previsto entrar em funcionamento em 2027. Sabe-se que vai operar através de uma Parceria Público-Privada (PPP) e que terá capacidade para 875 camas.
Este hospital, que está pensado há mais de 30 anos e esteve para avançar na governação de José Sócrates, irá substituir oito unidades mais antigas na zona oriental de Lisboa: São José, Santa Marta, Curry Cabral, Santo António dos Capuchos, Maternidade Alfredo da Costa, hospital pediátrico D. Estefânia, Instituto de Oftalmologia Gama Pinto e o Hospital Psiquiátrico Júlio de Matos.
Esta nova unidade hospitalar vai incluir especialidades clínicas como reumatologia, medicina nuclear e radioncologia, de forma a ter mais valências face às unidades atuais do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC). Com estas especialidades, objetivo passará por reforçar ligação à faculdade com “forte componente de ensino e investigação”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com